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Depois de muitos anos de resistência, lá me convenceram a castrar o gato...
Disseram-me que era o melhor a fazer tendo em conta os seus distúrbios urinários, cujas crises mais fortes se manifestavam por volta de Janeiro/Fevereiro, altura do cio das gatas.
E pronto, está feito! Eu paguei 50 euros e o Shaka veio para casa umas gramas mais leve.
Nada que não recupere nas próximas semanas. É que o gato ficou mole! Dorme profundamente durante toda a noite e manhã e tarde, se estiver para aí virado. No meio disto tudo, claro que fui contagiada pela moleza!
Senão vejam: tenho passado dias inteiros em casa, acordo lá para o meio-dia, almoço, e colo-me ao computador, como se o facto de ficar a olhar para o ambiente de trabalho indefinidamente me ajudasse a começar a trabalhar. Entretanto olho para o gato, estendido na cama, com o ar mais pacífico deste mundo. "Oh, tão fofinho!", penso eu. Quando dou por mim, já lhe estou a passar a mão pelo pêlo (sem segundos sentidos...) e, de repente, são seis horas e estou a acordar.
E passo os dias nisto. No início do mês tinha prometido a mim própria fazer todos os trabalhos deste semestre antes de Junho, para não ficar muito assoberbada quando começasse a trabalhar. Aliás, ando a pensar nisto desde Março. Mas chego agora a uma triste conclusão: não consigo trabalhar sem ter a corda no pescoço. Sou a típica estudante do último dia! Sem pressão não há produtividade. Acho mesmo que estou viciada em ansiedade, naquele mal estar generalizado que resulta de começar um trabalho às duas da manhã de um dia quando tenho de o entregar às dez da manhã desse mesmo dia, mas que é imediatamente substituído pelo alívio extremo e uma certa dose de orgulho quando afinal até correu tudo bem e consegui entregar as coisas a tempo.
Amanhã entro às oito da manhã para ter tradução literária. Sim, eu sei, é a hora ideal para ter a criatividade em alta! Então como não vou dormir nada de jeito hoje, vai ser fantástico! Já estou a imaginar maneira de me baldar à segunda parte da aula sem dar muito mau aspecto. É que ainda por cima são quatro horas seguidas daquilo, preenchidas a discutir se a palavra que se enquadra melhor em determinado trecho, é esmurrar ou socar, gritar ou bramir. Juro, às vezes saio de lá mais cansada do que se tivesse feito um turno duplo nas urgências do ER , em dia de acidente entre autocarro e comboio de mercadorias!
Meus caros e caras, a notícia é semi-oficial mas não resisto a partilhá-la já com vocês:
O gato Shaka está desentupido!!!
Vamos ver se se aguenta assim por uns dias. Se isso acontecer, é bem capaz de lhe ter passado a crise! Espero bem que sim, se vos disser que nos últimos dois dias só consegui dormir períodos de uma hora, de vez em quando, não estou a exagerar!
Mas para já, é noite de celebração! Por enquanto, o meu nini está a urinar e só de pensar nisso encho-me de alegria! (Vamos lá ver se não é passageira...)
Se há uns tempos que dissessem que ia ficar tão feliz por ver urina de gato, provavelmente perguntava se a pessoa estava parva e se pensava que tinha algum fetiche esquisito.
Que, já para clarificar essa questão, não tenho, ok?
Nem com urina de gato, nem com dedos de pés, nem com qualquer outra coisa estranha e/ou nojenta que se lembrem! Fica já aqui bem claro!
Todo este dia foi um imenso déjà vu!
Tive um teste logo de manhã, assisti a umas quantas apresentações (vá lá, desta vez não tive de fazer), combinei mais uns trabalhos para a semana que vem, cheguei a casa e o Shaka tinha entupido, fui à vet desentupi-lo, cheguei a casa de novo e dei-lhe uns quantos medicamentos e meti-me a fazer um trabalho final...
Só me apetece enfiar-me na cama e não sair de lá mais.
P.S.: Desculpem lá o mood do blog ultimamente, mas se não ando contente os posts também não podem andar.
Nem sei o que vos diga. Isto hoje não está a correr nada bem. O gato Shaka entupiu. O que significa que já me saiu do bolso cerca de uma centena de euros, hoje…
Já não sei o que hei-de fazer ao animal. Estou mesmo a dar em doida. O que é que eu quero dizer com entupiu? Não consegue urinar, começa a bexiga a encher descontroladamente e tem de ser algaliado para retirar a urina manualmente, com a ajuda de uma seringa.
Agora, houve uma altura em que isto aconteceu umas três vezes numa só semana, eu tinha algum dinheiro de lado e resolveu-se a coisa, apesar das queixas de quase toda a gente que me rodeava, que me diziam ser inconcebível gastar 300 euros numa semana no bicho, quando esse dinheiro nos iria fazer falta. Mas lá me arranjei. Comecei a levá-lo às escondidas e combinei ir pagando à vet . Desta vez não vejo como vou sair desta. Se ele entupir mais uma vez que seja, dá-me uma coisa, embora seja o mais provável. O que me irrita profundamente nos cuidados veterinários, principalmente os de emergência é o facto de gastarmos dinheiro a rodos. Ando há não sei quantos meses para tirar uma eco ao gato mas aquilo custa os olhos da cara. Muito compreensiva tem sido a veterinária do Shaka . Mesmo cinco estrelas.
Digo-vos uma coisa, espero que nunca venham a passar pelo mesmo. Quando temos um animal há vários anos na família, ele começa a ter problemas e há um limite para o que conseguimos fazer por ele, parte-nos o coração. Já estive à beira das lágrimas não sei quantas vezes, hoje.
É um amigo, o meu gato, um verdadeiro companheiro. Quando chego a casa, a primeira coisa que faz é vir cumprimentar-me com umas lambidelas ou umas turras. Aninha-se comigo quando estou a ler, está sempre por perto. Sinto que o estou a perder aos poucos, como se nada do que tenho feito no último ano e meio contasse para alguma coisa.
Estou destroçada.
Pronto, já passou!
Uma pessoa pensa que vem de férias para descansar e no entanto, chega a dia 26 com as costas feitas num oito e quase com vontade de voltar para o trabalho ou escola. Este ano não foi muito diferente dos outros. Em dois dias, produziu-se mais lixo que numa semana inteira, a maior parte dele não reciclável. Bebeu-se um bocadinho demais, receberam-se prendas que não lembram a ninguém. Aquelas que provavelmente estão enfiadas num armário, que já foram ofertas de Natais passados e que as pessoas voltam a embrulhar. Eu não me posso queixar, mas a minha mãe é especialmente atingida por este flagelo. Já lhe disse que fizesse o mesmo mas ela recusa-se a entrar na cadeia, como se a quebrá-la fosse incitar outros a fazê-lo. Not gonna happen ... Como tal, lá foi arrumar nos recônditos dos armários coisas como pratinhos para aperitivos e lenços com Yorkshires , para não ter nunca mais de se lembrar deles.
Eu já comecei a ler o meu querido Harry Potter , estou um pouco nostálgica porque está a chegar ao fim... Também já comecei a vasculhar as opções especiais do Lost mas nada disto me está a dar o prazer que podia, pois estou constantemente a pensar que no dia 4 tenho não sei quantos trabalhos para entregar e relativamente a um deles, não percebo nada do que para ali vai. A razão é simples: não estive presente nas reuniões, enviaram-me umas páginas de teoria, e disseram-me simplesmente, "olha, fiz a recolha dos exemplos, agora ligas os exemplos à teoria". O que é que eu entendo disto? "olha, fiz o mais cagativo , agora fazes o trabalho." A sério, há alturas em que me apetecia ser a mais completa e maquiavélica das cabras...
Em relação à noite de Natal em si, éramos cinco à mesa e mesmo assim, a certa altura, já estava tudo a falar de assuntos diferentes. Às vezes é um caos... Comemos demais, bebemos um pouco demais e depois do jantar, foi cada um para seu lado, a gemer com queixas de que estavam demasiado cheios. Resultado: dez minutos depois, dois de nós estavam a dormir! A sério, eu só me ria. Perto da meia-noite lá consegui reunir toda a gente na sala para a abertura dos presentes. Acho que todos ficaram bastante satisfeitos! Tenho uns ténis novos que são de cair para o lado. : )
O meu irmão ofereceu uma viagem ao Brasil aos meus pais, mas não tinha os bilhetes com ele. Ou seja, a princípio, ninguém acreditou. Haviam de ter visto a cara dele. Não havia ninguém mais infeliz!
Mas é mesmo verdade. Essa terá sido a maior surpresa. Outra delas é que já não aguento beber como antes. Dois ou três copos de vinho e no dia seguinte já sentia uma ligeira ressaca. LOL
Agora já me estou a preparar física e psicologicamente para a passagem de ano. Isso é que costuma ser uma provação. No dia 1 nunca estou disponível para ninguém. Não tenho nem cabeça nem estômago nem nada... LOL
P.S.: O meu gato teve a sua primeira luta! Ficou um bocadinho mal tratado. Anda todo torto como se tivesse dores musculares. A uma certa altura, no jardim, era um gato qualquer a correr atrás do Shaka , eu a correr atrás do gato e o Shiva , o nosso cão, a correr atrás de todos. Os vizinhos ficaram um bocado confusos, vieram todos para as janelas e começaram a narrar os acontecimentos entre si! "Foi o cão que apanhou o gato", "Não, foi o gato que apanhou outro gato", " Então não foi o cão que atacou a dona"... A sério, no fim daquilo tudo acho que teriam ficado mais satisfeitos se eu surgisse toda ensanguentada com os bichos às costas... LOL
O meu gato acabou de chegar a casa.
Há muito pouco tempo que o comecei a deixar ir à rua. Sou um bocado mãe adoptiva galinha...
Entrou pela janela, deu-me uns quantos encontrões nas pernas, uma vez que estava ao computador a acabar uma tradução para amanhã, e esperou. Estendi a mão para baixo, dei-lhe festas sem tirar os olhos do computador e continuei a trabalhar.
Ele não achou muita graça. Saltou-me para cima, deixou-me algo no colo, deu-me umas belas cabeçadas no queixo e foi-se embora.
E olhei para baixo. Pânico! Eu não sei bem o que era. Era obviamente um animal meio mordiscado, mas não sei se era um pássaro, um ratinho. Dei um pulo que ia chegando ao tecto.
Fogo, eu sabia que por alguma razão não o devia deixar sair!
Acho que o meu gato acha que não me sei alimentar sozinha...
Alguém tem de lhe dizer que o adulto sou eu!
Para desanuviar, aqui vai um vídeo que me fez chorar copiosamente da primeira vez que o vi. Chorar a rir!
Hoje é um dia de grandes mudanças na vida de Shaka , o meu gato. Vou levá-lo à veterinária para começarmos a redução do Prozac . (Sim, o meu gato toma Prozac ...)
Há uns seis meses teve um problema urinário. O gato produzia urina mas não conseguia expulsá-la. Resultado: tinha que ser anestesiado e algaliado e depois tinha de ficar com a algália durante três dias e eu a recolher pingos de urina pela casa toda. A obstrução chegou a ocorrer duas vezes por semana e prolongou-se por três penosas semanas. De cada vez que acontecia lá tinha eu de desembolsar perto de 100 euros! Diga-se de passagem que as minhas parcas economias de estudante foram todas com os porcos. Ou com o gato, neste caso.
E depois começou a pressão para terminar com aquilo, que o bicho estava em sofrimento e não podia ser gastar-se tanto dinheiro e tal.
Então eu cheguei a acordo com as veterinárias (excelentes pessoas, note-se) e comecei a pagar quando podia e a salvar Shaka às escondidas! Era hilariante! Eu, o gato e sua caixa, encostados às paredes e a correr para o carro para ninguém nos ver!
Mas finalmente lá deixou de acontecer. A veterinária chegou à conclusão que ele estava deprimido porque tínhamos comprado um cão pouco antes e o gajo lhe invadia, impetuosamente, o território. Ensinaram-me a dar injecções subcutâneas no bicho e depois de muitas experiências com outras drogas lá chegámos ao Prozac . Houve uma altura em que ia jurar que o farmacêutico achava que eu andava a usar o gato para conseguir comprimidos para mim...
Agora, seis meses depois, chegou a altura de lhe começar a reduzir o medicamento. Eu estou mortinha por isso e ele também, acreditem. Mas há sempre a possibilidade, ainda que pequena, de isto voltar a acontecer e ninguém sabe bem qual o efeito que terá a retirada do medicamento. Não me apetecia nada voltar a andar clandestina para salvar Shaka !
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