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O cosmos e outras tretas

por A Mona Lisa tinha Gases, em 04.10.12

Sim, ainda estou por cá...

 

Em semanas como esta, gostava de dizer que não.

Ontem foi dia de andar de comboio. A carta verde do carrito não chegou em tempo útil e demos por nós com um só carro com permissão para circular em casa. Eu até achava que uma multa por falta de seguro vinha mesmo a calhar mas o hubby não foi na conversa.

Como sempre, calhou-me a mim arranjar transporte alternativo. Porque é mais fácil ir para Lisboa de transportes do que para outro sítio qualquer. Agreed.

Fui então depositada na estação da Póvoa de Santa Iria, sítio estranho e inóspito.

Passo pela dança de perguntar qual o comboio que apanho, qual a linha em que ele passa, a que parte de Lisboa é que vou parar, ao melhor estilo do hillbilly que vai pela primeira vez à cidade grande.

E depois chego à linha e apercebo-me que há uma greve. Bonito. Bela altura para não ter seguro no carro...

Devo dizer que correu bem. Só esperei 20 minutos e outros vinte depois já estava no metro.

À volta para casa foi um pouco mais complexo.

A quantidade de comboios suprimidos que surgiam no painel informativo não auguravam nada de bom.

Mas mesmo assim, 45 minutos de espera, nada de muito mau para um dia que se previa apocalíptico.

 

E no meio de tudo isto, uma pessoa já perde a conta às greves.

Portanto, foi com surpresa que dei por mim sem espaço para respirar esta manhã, dentro de uma carruagem de metro.

Já andei em muito metro apinhado nesta vida, mas nunca como este. Nem em tarde de jogo para a Champions na Luz! A parte positiva de nem sequer poder alcançar qualquer ponto onde me agarrar é que não era necessário. A massa humana bamboleava ao ritmo do movimento do metro, sem espaço para se desfazer. O homem que estava encostado a mim, felizmente de costas, era para mim quase como um colchão na vertical. Acho mesmo que estávamos deitados um no outro, com a ressalva de que estávamos de pé.  E as pessoas continuavam a entrar, apesar de ser evidente que não cabia ali nem mais um fio de cabelo.

É uma coisa que me ultrapassa. Qual é o exercício mental que impele uma pessoa a atirar-se para dentro de uma amálgama de gente e a acreditar que vai caber?

Dentro das carruagens de metro o espaço é infinito? Há algum buraco negro debaixo dos bancos? Será que essa informação está disponível no site do Metro de Lisboa?

 

São perguntas pertinentes, que ninguém me diga o contrário.

 

Conclusões no meio de tudo isto:

 

1 - As greves têm impacto, sim senhor. Nos utilizadores dos serviços, nas pessoas que têm que ir trabalhar, não exactamente nos patrões ou no governo, que são os alvos. Morteiro ao lado.

 

2 - Onde cabe um português cabem mais dois ou três. Ou cinquenta.

 

3 - Os dias depois das comunicações ao país do Gaspar são um bocado surreais. Suponho que seja o efeito de uma marretada na cabeça nacional. Qualquer dia, o impacto é tão grande, que desviamos a Terra do eixo. Isso já era coisinha para fazer cair o governo... E daí, talvez não. Qual a importância do alinhamento galáctico face ao rigor orçamental? Coisinha pouca.

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publicado às 11:38

To be or not to be

por A Mona Lisa tinha Gases, em 25.09.12

Bem, o homem está doido, não está?

Não vejo outra explicação.

Então, forma-se a maior manifestação de sempre no país devido aos planos de subir a Segurança Social. Sim, porque o problema dos portugueses não era a redução da TSU das empresas. Com isso estávamos nós bem. Era a redução da TSU à custa do aumento da SS dos trabalhadores.

Então, o homem ameaça que vai subir a SS.

Quase 1 milhão de pessoas (!) sai à rua.

E o que é que ele faz? Deixa cair a hipótese que estava em cima da mesa e pondera taxar os subsídios e subir o IRS e sabe-se lá mais o quê...

O pessoal diz-lhe que isto está a ficar apertado e ele responde com um "desculpem lá, e se for só mais um bocadinho"...

Portanto, podemos assumir que o homem não está bom da cabeça, correcto?

É a única explicação plausível para continuar a cozinhar medidas que, no fundo, só vão levar a uma maior contracção económica e que, em última análise, nem sequer lhes vão garantir o tão almejado aumento da receita. Pelo contrário! Cortem-nos nos ordenados e nós compramos menos. Menos carros, menos imposto de circulação e menos imposto sobre os combustíveis.

Menos supermercado, menos IVA.

Menos tabaco, menos imposto sobre o tabaco.

Menos consumo, mais falências, mais gastos com subsídios de desemprego.

Os números confirmam-no. Mesmo que não fosse o trabalho deles saber de antemão estas coisas, os estudos mostram isso mesmo.

Como é que é possível, minha gente, que estes marmanjos imaginassem que a receita ia subir?

Por outro lado, cortes na despesa, por ora, nem vê-los.

Portanto, só podemos concluir uma de duas coisas. Ou o homem tem instintos suicidas ou não está mesmo bom da cabeça.

 

Eu gosto de Portugal.

A sério, acho que somos uns privilegiados. 

Temos uma costa lindíssima que nos proporciona praias a perder de vista e que enchem a vista. O cheiro do nosso mar não é igual a nenhum outro. Nas vilas pesqueiras come-se o peixe mais fresco e delicioso.

Além do mar, temos montanha. Rumamos a norte e o verde tem um impacto esmagador. Quem não se perdeu já nos trilhos do Gerês ou contemplou com espanto as cascatas e cachoeiras escondidas no Penedo Furado ou na Peneda?

Quem não encontra a calma sem igual nas planícies do Alentejo?

E as nossas ilhas, verdadeiros postais vivos?

Porra, temos um país lindo.

Às vezes, ao fim da tarde, no terraço lá de casa, sou confrontada com uma avassaladora explosão de vida. Águias, coelhos, garças e (pasmem-se) perdizes, fazem a sua vida à minha frente, a quinze minutos de Lisboa.

E nessas alturas, sou feliz. Há algo de mágico em convivermos de tão perto com a natureza, de tão perto com a prova que algumas coisas foram concebidas para serem perfeitas.

Nesses dias adormeço com o coração cheio.

E depois acordo e a realidade apaga tudo.

Eu adoro o meu país, mas não posso dizer que nutra muito afecto pelo que se passa cá. Pelas pessoas que "mandam" em nós.

Pela evidente falta de humanidade com que alguém decide que amanhã se calhar já não vamos poder comprar carne.

Ou que a vida se vai resumir a uma infindável viagem entre a casa e o trabalho, sem possibilidade de lazer, porque o lazer não cabe no orçamento.

Dou por mim a ser pressionada a sair. A ir embora. A reunir os animais e as trouxas e a meter-me num avião rumo ao outro lado do mundo.

E parte de mim repudia a possibilidade. 

Porque gosto das nossas praias e das nossas montanhas e da nossa comida e porque tenho demasiados amigos e familiares que ficariam cá tão longe. Afectos tão importantes e tão longínquos. A saudade, já dizia a Amália. É mesmo o pior, não é?

A parte de mim que repudia "fugir" é a mesma que quer lutar. Contra quem, pergunta-se. Com que armas? Manifestações, revoluções... Espera-se. Por alguma coisa, por alguma luz ao fundo de um túnel tão longo que imaginamos que termina do outro lado do mundo.

A outra parte de mim já não aguenta esperar. Nem lutar contra tropas invisíveis. A outra parte de mim ressente-se porque não a querem cá. Porque está farta de contar trocos e de assistir à corrupção que se pavoneia à nossa frente, e que passa incólume, pelas frestas da Justiça. Que já é quase normal e expectável.

A outra parte de mim quer rumar ao desconhecido. E fazer disso uma experiência rica e feliz.

 

Ficar ou partir?

Fugir ou lutar?

Ser portuguesa ou ser cidadã do mundo?

 

A vida é um binómio.

Especialmente nos dias que correm, neste rectângulo à beira-mar, em que o tempo se arrasta, vagaroso, sem aparente destino.

O Verão foi quente. Será o Inverno gélido?

 

 

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publicado às 12:50

...

por A Mona Lisa tinha Gases, em 22.07.09

40 milhões de euros por dia, é o ritmo a que cresce o défice do Estado Português, noticia hoje o Correio da Manhã.

Por este andar, se a crise dura muito mais tempo, o Estado declara insolvência.

Com toda a gente a estender a mão um pouco por todo o lado, eu não gostava de estar no lugar do nosso Primeiro-Ministro.

Raio de profissão mais lixada!

 

P.S.:Vou rebentar os últimos cartuchos em relação à casa. Things do not look good. O Millennium aprovou-nos o crédito, sem fiadores, mas só com 85% de financiamento. Tinham que avaliar a casa 23 mil euros acima... Esta semana vamos atacar a Caixa e a Caja Duero. Raios partam isto!

 

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publicado às 09:12

Somos os maiores, pá!

por A Mona Lisa tinha Gases, em 07.05.09
Na Amadora, o Dolce Vita Tejo abre, esta quinta-feira, as portas ao público às 10:00, mas junto à entrada principal a fila começou a formar-se durante a noite, muitas pessoas dormiram mesmo ao relento.
Fonte: TSF
 
Este senhor centro comercial, o maior da Península Ibérica, custou cerca de 300 milhões de euros e vai criar 5 000 empregos directos.
Será que é por isso que as pessoas dormiram ao relento? Para entrarem no único sítio do país que está a contratar? Não percebo! Eu já não percebia muito bem quando as adolescentes dormiam ao relento para assistir aos concertos dos Tokio Hotel. Mas enfim, são as hormonas e tal. Neste caso não consigo mesmo compreender.
Como também não consigo compreender como é que um empreendimento desta envergadura é aberto numa altura destas. Será que eles estão à espera de fazer... receita?
 

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publicado às 09:19

O elefante

por A Mona Lisa tinha Gases, em 21.10.08

A duas semanas das eleições presidenciais norte-americanas, a vantagem de Barack Obama sobe para oito pontos.

À medida que os republicanos endureciam comentários e críticas, rasando mesmo o mais imundo dos chãos, os democratas iam subindo. Não deixa de ser um sintoma interessante. Talvez os americanos estejam a  ficar fartos da escandaleira. Ou talvez não queiram uma Sarah Missile na linha de sucessão imediata à "cadeira". Sim, porque McCain não parece propriamente robusto. Mais parece que qualquer brisa o vai deitar abaixo...

Desde o último grande debate entre os dois candidatos, os ânimos em ver Obama à frente da nação americana foram substancialmente refreados. Talvez tenha sido toda aquela conversa sobre apanhar o Bin Laden.

Parece-me que as pessoas se perguntaram instantaneamente se haveria assim tantas diferenças entre os dois lados.

Eu não acho que Obama seja doido. Não me parece que o homem esteja obcecado em apanhar o Bin Laden, ao contrário do que deixou transparecer. Acho é que, e McCain nisso não difere, havia necessidade de desviar as atenções da grave crise económica. Uma das melhores maneiras de desviar a atenção de um assunto que prende todos os interesses num determinado momento, é apontar para o céu e gritar "elefante". Bin Laden há-de ser para sempre o elefante voador da América. E neste caso, uma das mais eficazes manobras de diversão.

Porque é que havia tanta necessidade de apontar baterias para outro lado? Porque nenhum dos dois candidatos fazia a mais pequena ideia de como resolver o problema da falência iminente.

E isso, é muito mais preocupante do que a possibilidade de o Obama ser um doido obcecado por outro doido!

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publicado às 14:20

Quem tem medo do lobo mau?

por A Mona Lisa tinha Gases, em 30.09.08

A rejeição do plano Paulson, que Bush e o mundo apelidavam de crucial para sairmos da crise, vem abrir caminho a uma série de possibilidades, nem por isso boas...

 

Queda generalizada nas bolsas, outra vez.

Recuo dos investidores, outra vez.

Consequente queda do preço do petróleo (pronto, esta nem é má, por enquanto), outra vez.

E lá vão as taxas de juro, outra vez.

 

Espera aí! isto não aconteceu tudo na semana passada? Então o que é que há de novo?

 

A França diz que está quase em recessão.

As duas bolsas de Moscovo estão suspensas desde a sua abertura.

O Dow jones caiu ainda mais.

O Manuel Pinho vem dizer que acabou o mundo (económico) como o conhecemos.

 

 

Oh pá, eu pensava que estávamos perto de uma recessão a nível mundial, mas pelo que nos transmitem, mais parece o fim do mundo! 

Tenham medo, muito medo! vamos todos comprar um cão para espevitar o consumo!

 

Sinceramente, toda esta questão já me dá voltas ao estômago...

 

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publicado às 10:46

O fim da aventura europeia?

por A Mona Lisa tinha Gases, em 14.06.08

Este país anda impróprio para cardíacos...

Durante a paralisação dos camionistas vimos coisas impensáveis para um país do chamado "Primeiro Mundo".

E nem falo do que se passou com os piquetes, com atropelamentos, ameaças claras, sem preocupação de se manterem veladas perante as câmaras de TV, apedrejamentos, tubos de gasóleo cortados, fogueiras feitas de pesados, camiões cisterna com escolta policial e dezenas de polícias de choque prontos a molhar a colher na sopa.

Falo do desespero, ainda que momentâneo, que alguns portugueses viveram ao longo destes dias. Filas imensas em gasolineiras na esperança de conseguir atestar o carro, para ir buscar os miúdos à escola, para irem trabalhar no dia seguinte. Nem o jogo de Portugal demoveu as centenas de carros que almejavam por algumas gotinhas do precioso líquido. Tudo para, em muitos casos, a poucos metros da bomba, vir o aviso de que já não havia nada e que não voltaria a haver até nova escolta policial trazer mais um cisterna ou até os camionistas decidirem voltar ao trabalho. Naquelas em que ainda havia algum combustível, chegou o racionamento, com dez euros de tecto máximo de abastecimento.

Nunca vi tanta gente nos supermercados, com carros tão cheios e rostos tão apreensivos. Uma senhora guiava dois carrinhos, um deles só para levar leite, ao mesmo tempo que em unidades de produção leiteira, esse mesmo leite era deitado fora por não haver condições de armazenamento.

Durante os três dias de paralisação centenas de quilos de alimentos pereceram dentro dos camiões que os deviam levar ao destino, como já tinha acontecido com as centenas de quilos de peixe deitados fora nas lotas durante a greve dos pescadores.

Algumas questões ficaram bastante claras no meio de todo este caos: a primeira é que certos sectores de que depende a economia podem de facto mergulhar um país na confusão e levar-nos a cenários próprios de guerras civis, mais ou menos graves. A segunda é que o governo cedeu porque teve receio de usar da força, de ser considerado anti-democrático mas também porque, se calhar, tem a consciência pesada. A contínua subida do preço dos combustíveis vai acabar por levar à falência muitas pequenas e médias empresas e vai, invariavelmente, trazer de volta a fome a casas onde ela não se faz sentir normalmente. E José Sócrates, ainda que pareça algo alheado de toda esta crise em escalada, sabe disso.

No meio de tudo isto, o futebol ia mantendo alguns ânimos mais ou menos serenados. Até que se descobriu que Scolari vai para o Chelsea. E aí, um pouco por todo o lado, caiu o carmo e a trindade. Porque em conjecturas negativas até a mais insignificante das coisas adquire proporções catastróficas, a saída de Scolari no final do Europeu afigura-se a muitos como uma traição, um enorme obstáculo a ultrapassar na corrida para ganhar o caneco.

A estocada final (será?) surgiu hoje por intermédio dos irlandeses. Não é que os gajos chumbam o tratado de Lisboa? Andava já Sócrates a ter sonhos molhados com a hipótese de se perpetuar o nome da nossa capital nos anais da política europeia e vêm os irlandeses puxar-nos o tapete. Os tais cujo país tem uma das maiores taxas de desenvolvimento da União Europeia. Pelos vistos também andam lixados com alguma coisa. E vai daí, 'bora lá demonstrar o nosso descontentamento através das urnas, colocando a Europa à beira de um ataque de nervos.

Numa altura em que andamos todos histéricos com a pseudo-crise dos Estados Unidos e com as consequências mundiais que daí poderão advir, afinal a Europa anda a dinamitar os próprios alicerces. Como que para provar que não precisamos da ajuda de ninguém para nos enterrar.

Sócrates veio classificar o "Não" irlandês como uma derrota  pessoal.

Oh homem, então não achas que já andamos com poucas coisas em mãos para ainda andares a dizer essas coisas? Partilha lá a derrota desta vez que precisamos de ti com cabecinha liberta para resolver o que se avizinha. É que parece que agora o palco é dos taxistas e dos agricultores. Porque como em tudo, uma vez feita uma concessão, terão de vir muitas mais atrás. E nós que estávamos a recuperar tão bem do défice! Pois, parece que por estes dias se dá mais importância a ter comida na mesa do que à variação dos valores do défice. 

Porque será?

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publicado às 01:42

E agora?

por A Mona Lisa tinha Gases, em 30.04.08

Depois da subida de três cêntimos por litro, o preço do gasóleo ultrapassou hoje a barreira do euro e trinta. Desde a liberalização do preço dos combustíveis, temos assistido a aumentos graduais que muitos dizem não se coadunar com o a subida da matéria-prima.

Depois do Reino Unido e dos Estados Unidos terem começado a racionar o arroz, já se fala de um racionamento a nível mundial. Os chamados bens essenciais atingem valores impraticáveis para muitas famílias, com ênfase no leite e pão.

Se a primeira situação , ainda que motivada por factores externos, é um problema nosso (em Espanha, o preço por litro de gasóleo está a 1.19 euros), a segunda já não é algo que possamos controlar tão bem a nível interno. A pseudo-crise dos Estados Unidos está a aproximar-nos lenta e inexoravelmente de uma crise mundial.

José Sócrates reage a este facto dizendo que a oposição não quer que Portugal cresça e abandone a crise, que pinta o quadro bem mais negro do que ele é.

A meu ver, avizinham-se tempos difíceis, com o alargamento do fosso entre pobres e ricos. E com o apagamento daquilo que conhecemos como a classe média.

Os indicadores estão por todo o lado. Nenhum deles é risonho.

Estoua a chegar ao fim do mês e não sei se hei-de encostar o carro às boxes durante os próximos trinta dias. Voltar aos transportes públicos, pelo menos enquanto não arranjo trabalho.

Tenho que admitir: estou com receio. Não prevejo nada de bom. Preocupa-me principalmente que, com a conjectura actual, já nem valha a pena sair do país. Convenhamos, o nível de vida do português médio em Portugal afunda-se a olhos vivos. O sobreendividamento é uma questão quase banal. Mas se as coisas evoluírem no sentido da tal crise global, se os americanos forem ao ar e levarem quase toda a gente com eles, não vejo para onde possamos fugir...

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publicado às 21:34


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