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SHIIIIIIIT!
Voltei a esquecer-me do aniversário do blog!
Foi no dia 23, na passada Sexta-feira...
Weeeee!
(Cá para mim, que ninguém me ouve, parece-me que the thrill is gone...)
A boneca Barbie faz hoje 50 anos.
Como todas as meninas que se prezem eu também gostei de Barbies, durante uma bela temporada, há uns aninhos atrás.
Aliás, vou contar-vos: a Barbie representa um dos meus traumas de infância. Na verdade, acho que é o único, o que não deixa de ser triste. Uma pessoa, para ser pessoa precisa ter uns quantos traumas de infância.
Mas isto porquê? As Barbies eram caras como a porra. Há mais de vinte anos uma Barbie custava cinco mil escudos! E eu sei disto porque a única Barbie que eu tive na vida foi comprada há mais de vinte anos e eu nunca mais me esqueci do que ela custou. Era uma boneca normal, sem acessório algum, só com dois sapatinhos (um dos quais desapareceu no mês seguinte) e um vestido cintilante, com umas mangas balão um bocado ridículas. Estava maquilhada em demasia e tinha uma cor de batom pindérica. Mas era a minha Barbie e eu gostava dela.
Enquanto eu só tive uma Barbie durante toda a minha vida porque elas eram caras como a porra, uma das minhas primas tinha todas as Barbies que uma só menina podia comportar. Entrar naquele quarto era como assistir a um filme do Tarantino. Havia bonecas completamente nuas, bonecas desgrenhadas, bonecas sem cabeça, bonecas com canetas espetadas nas têmporas... Um horror. Havia até bonecas a meio caminho da porta do quarto, suponha eu que a meio de uma tentativa de fuga. Para aquela miúda, as Barbies não custavam cinco contos, só custavam a desembrulhar.
O meu romance com a minha Barbie terminou de forma um pouco abrupta. Um dia, o meu irmão partiu-lhe o pescoço. Desde essa altura que o mantenho debaixo de olho para ver se ele não revela tendências homicidas. As bonecas da Mattel, tinham naquela altura uma arquitectura um bocado esquisita. Era muito difícil tirar-lhes a cabeça, pelo que o meu irmão, na tentativa de o fazer, rachou-lhe o pescoço. A minha Barbie nunca mais foi a mesma e eu também não!
Claro que já estão a imaginar o que eu fiz com o meu primeiro ordenado, não estão?
Claro, paguei a alguém para vandalizar uma loja de brinquedos!
Os traumas de infância são lixados!
Amanhã chego ao cubo perfeito: 33. Ou seja, faço 27 anos.
E é assustador como o raio! Eu pensava que tinha sido mau fazer 25. A data veio acompanhada de uma ligeiríssima e passageira depressão. Mas acreditem, fazer 27 é pior! Não há volta a dar, já sou uma adulta! Man! E eu que pensava que ia conseguir escapar a esta inevitabilidade mais uns tempinhos.
Segundo dizem, esta coisa de nos sentirmos velhas só dura até aos cinquenta. A partir daí começamos a sentir-nos cada vez mais novas e até pintamos o cabelo de azul (já viram, com certeza, uma velhota de cabelo azulado...).
Pois, mas eu não tenho cinquenta por isso deixem-me lá ficar indignada com a passagem do tempo.
A coisa torna-se ainda pior quando sabemos que aquelas gajas com os corpos impossíveis (pelo menos para quem tem uma vida minimamente ocupada) que todos os dias invadem a nossa casa via tv têm todas 22 ou menos...
Ontem tive o meu primeiro choque. Na farmácia. A farmacêutica olha para o meu BI e diz:
"82, portanto tem 28, não é?"
Até me engasguei! Só consegui balbuciar algo como: "27. Não! 26!", o que resultou em que ela ficasse a olhar para mim com aquele típico ar do "coitadinha, queimou".
Não faz mal, eu fiquei a olhar para ela com o típico ar do "coitadinha, não sabe fazer contas de cabeça que envolvam dois algarismos ...".
E depois são inevitáveis as comparações com o que idealizámos ao longo do vida. Como é que há uns anos eu me imaginava com 27 anos?
Não me imaginava ainda na escola, isso de certeza. Mas pronto, disso não me arrependo.
Imaginava que já teria uma casa própria e que não estaria ainda a viver em casa dos meus pais...
Imaginava já estar num emprego decente e não num estágio que pode muito bem não resultar em nada...
Imaginava já ter visitado imensos países e conhecido umas quantas culturas completamente diferentes da minha. Imaginava já ter estado no Egipto, em Veneza, no Perú, na Escócia a beber jolas e a ouvir gaita de foles tocada pelo Duncan...
E sim, imaginava já ter o meu primeiro livro publicado (mas isso é uma longa história que vai ter de ficar para outra altura)...
Bem, no fundo imaginava já ter feito uma data de coisas. E ainda não fiz nada. A conjectura económica não mo permitiu, uma data de coisas não mo permitiram.
E é basicamente isso que me deprime em fazer vinte e sete anos.
E como já purguei isto do sistema, vão-me dar licença que tenho que pensar no que comprar com o carcanhol que me vão dar.
Sim, porque com o raio da crise a pairar sobre as cabeças de todos nós, é aproveitar enquanto é tempo.
E como toda a gente sabe, comprar sapatinhos é das coisas mais relaxantes e positivas que há! LOL
Bom fim de semana, pessoal!
Celebra-se hoje o bicentenário do nascimento do genial Edgar Allan Poe.
Por isso hoje as palavras são dele e não minhas.
The Raven (excerto)
Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of someone gently rapping, rapping at my chamber door.
" 'Tis some visitor," I muttered, "tapping at my chamber door;
Ah, distinctly I remember, it was in the bleak December,
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
Eagerly I wished the morrow; vainly I had sought to borrow
From my books surcease of sorrow, sorrow for the lost Lenore,.
For the rare and radiant maiden whom the angels name Lenore,
And the silken sad uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me---filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating,
" 'Tis some visitor entreating entrance at my chamber door,
Some late visitor entreating entrance at my chamber door.
Presently my soul grew stronger; hesitating then no longer,
"Sir," said I, "or madam, truly your forgiveness I implore;
But the fact is, I was napping, and so gently you came rapping,
And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door,
That I scarce was sure I heard you." Here I opened wide the door;---
Edgar Allan Poe
Parece que no passado dia 23 este blog fez dois anos.
E eu não reparei! Bem, nem eu nem ninguém.
Pobre blog. Deve estar a pensar para com os seus botões: "Já não me amas como antes! Nunca mais me disseste que sou bonito! Oh, como a vida é cruel!"
Pronto blog, não chores mais, toma lá um bolinho, vamos soltar uns foguetes, que no teu caso são só mesmo gases e não te preocupes que continuas a ser a minha coisa virtual preferida!
Muito sensíveis são estes bichos!
Agora aconselho-vos a que tenham cuidado. Há tantos anos que a Mona Lisa não come nada que depois deste bolo, o ar pode ficar potencialmente mortal!
Amanhã faço anos. 26 (até me arrepio toda quando penso nisso!).
Até gosto dos meus aniversários, não sou daquelas pessoas que ficam deprimidas porque estão mais velhas e também, diga-se, ainda é um bocado cedo para isso! Mas este ano, acho que vou ter o pior aniversário de todos os tempos. Senão vejam: às oito da manhã tenho uma apresentação oral, às onze entrega de um trabalho que, devido a uma ataque de preguicite, ainda só agora vou começar. Das oito às dez da noite, teste. De uma professora que passou o ano inteiro a escrever coisas estranhas e sem muito sentido no quadro e agora tenho que estudar para aí umas 30 páginas de coisas estranhas e sem sentido. Então quando ela começava a atrofiar com o português (é francesa) só me apetecia atirar-me pela janela. Eu e todos os meus colegas, que se encontram na mesma situação: vão estudar mas não sabem muito bem o quê. Normalmente, não me preocupava muito, lia as coisas uma ou duas vezes e fosse o que fosse. Mas como é que uma gaja se prepara para um teste, quando não percebe nada do que pode vir a sair?
Com isto tudo, tenho o dia todo arruinado. Não posso fazer almoço porque a maior parte do meu pessoal está a trabalhar e não posso fazer jantar porque vou estar enfiada numa sala com uma francesa demente! Ainda lhe pedi para alterar a hora mas parece que há uns meninos que trabalham e só podem ir àquela hora! Raio de gente produtiva!
Ah, é verdade, o Shaka está agora a tomar uma nova medicação: Vallium. Continua entupido, todos os dias vamos à vet para lhe tirar a urina da bexiga, mas está muito mais bem disposto. O que já me ri hoje! Dei-lhe o comprimido e assim que aquilo começou a fazer efeito começou a cambalear por todos os lados mas o mais cómico no meio de tudo isto é que, como efeito secundário, dá-lhe uma imensa vontade de brincar! Está farto de me roubar canetas e tudo o que não está colado para jogar à bola! O momento alto foi quando tentou jogar à bola com a máquina de barbear do Rui! Mas não lhe vamos dizer nada, não é? :D
Enfim, vou deixar-vos aqui um bolinho de aniversário para não dizerem que não "paguei" nada a ninguém! LOL
É verdade! Hoje é dia de festa! Cantam as nossas... Não? Ninguém chega lá?
Então, hoje este belo blog faz 1 ano!
Sim, é verdade, foi exactamente no dia 23 de Outubro de 2006 que a Mona Lisa veio cá soltar a sua primeira flatulência! Uma flatulência parvinha, é verdade, mas também por esta altura já todos se devem ter habituado! Se ainda tivesse o mínimo de força nos braços ainda lançava uns foguetes! Mas agora não. Terei todo o dia de amanhã, neste caso, já hoje, para o fazer! Junta-se a este feito, o facto de o contador outrora maldito deste blog, ter ultrapassado há poucos dias, o número redondo das 10 000 visitas! Eh lá! Assim é que é, até dá gosto vir cá actualizar o estaminé!
Tenho a agradecer a todos aqueles que fizeram deste espaço aquilo que ele é hoje, seja lá o que isso for! Àqueles que vêm cá regularmente e que já considero amigos! Se não fossem todos vocês (e acho que sabem a quem me refiro), provavelmente a Mona Lisa não tinha chegado ao seu primeiro aniversário. Partilho este bolo convosco!
Sim, eu sei que é virtual, mas usem a imaginação, caramba!
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