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Azar do caraças!

por A Mona Lisa tinha Gases, em 10.02.09

Tenho um irmão com 21 anos.

O meu irmão, às vezes, é um puto azarado.

Já perdeu a carteira umas quatro ou cinco vezes, com todos os documentos possíveis e imaginários lá dentro,  comprou um BMW vindo da Alemanha, todo maneirinho e três semanas depois disso um pacóvio bateu-lhe no carro a fazer marcha-atrás e recusou-se a dar-se como culpado, os discos rígidos dos computadores dele, volta e meia, queimam-se todos...

Mas o pico do azar do meu irmão deve ter acontecido no ano passado.

Arranjou um estágio numa empresa, depois de tirar o curso de informática. Não gostava exactamente do que fazia, mas o ambiente até não era mau e dava-se muito bem com a chefia directa.

Um dia estava a conversar com um dos chefes e a conversa foi parar a gajas. Como invariavelmente vai sempre, afinal de contas são gajos, e um deles tem 20 anos...

Uma das características das conversas de gajos sobre gajas é que eles são mesmo muito explícitos. E abrangentes, gráficos.

Então o meu irmão começa a contar que andava com uma miúda nova e que ela era uma grande maluca, que fazia acontecia e lá foram eles parar às tatuagens e às descrições gráficas.

Passado uns segundos, o chefe começa a fazer uma cara estranha. Pergunta o nome da rapariga. O meu irmão diz-lhe. E o homem responde-lhe, com um auto-domínio de admirar: "Pois, é a minha filha".

POING!

É desnecessário dizer que o meu irmão não ficou na empresa depois do estágio.

E o ambiente nunca mais foi o mesmo!

Agora digam-me lá se não é um azar do caraças!

Meus amigos, pela boca morre o peixe. Não se esqueçam disso antes de relatarem as vossas façanhas!

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publicado às 15:44

...

por A Mona Lisa tinha Gases, em 04.02.09

 

Hoje apetece-me contar-vos uma história embaraçosa.
Vendo bem as coisas, é melhor começar a arranjar temas de escrita em breve, senão estou desgraçada!
Este cataclismo passou-se teria eu uns doze anos. Agora, é preciso enquadrar bem os meus doze anos. Óculos de massa que não foram exactamente escolhidos por mim, uns quilinhos a mais (baby fat, claro), uma timidez que roçava o caricato mas já um sentido de humor mordaz e irónico. Por tudo isto podem imaginar o babe magnet que eu era! Filas!
Bem, naquela altura era costume passar um mês durante o Verão na aldeia dos meus avós. Um nicho no meio de dois montes, um calor abrasador, romarias de vacas na rua a intervalos regulares com a bosta que daí advém espalhada por todo o lado. E montes de miúdos que tinham a mesma sorte que eu.
Nesse Verão, uma das minhas amigas lisboetas também estava por lá. Como tal, também foi nesse Verão que eu descobri que as férias naquele buraco esquecido pelos mapas poderia ser muito mais interessante do que passar as tardes em casa da minha tia a ouvir as conversas dos adultos sobre recolha de mel, regadio ou a alegada traição da Maria da Moita de Baixo com o Manel do Monte Deitado.
Comecei a sair todos os dias com os miúdos, a jogar matraquilhos, a participar de conversas que redundavam invariavelmente em votações para eleger o puto mais giro num raio de 200 metros e a sair à noite, o que ali significava ficar acampada à porta de um dos dois cafés da aldeia (oh, what a thrill)!
Numa dessas noites, chegou-me aos ouvidos que um dos rapazinhos, que por acaso até era um local, queria fazer aquilo que na altura se chamava “curtir”. Ah, comigo! Mas sei lá, eu não estava particularmente interessada. Talvez tivesse a ver com a conversa que uns dias antes tinha ocorrido em que alguém dizia repetidamente, entre risos de escárnio, que o tal rapaz tinha comido uma vez um biscoito de cão, o que para um adolescente é tema de gozo para horas…
Bem, mas o rapaz que me interessava era outro, o que mais cedo ou mais tarde veio a ser descoberto. E o que é que uma adolescente tímida faz numa altura dessas? Pede a uma amiga que sirva de intermediária. Vá podem gozar, mas lembrem-se de que na altura não havia web cams, nem hi5, nem telemóvel, nem a aprazível desenvoltura que há hoje em dia. Nós não éramos sluts! Havia um protocolo a seguir e ai de quem não o respeitasse, principalmente numa aldeia em que ninguém pode soltar gás sem ser notícia de primeira página no dia seguinte.
Anyway, a amiga representou o seu papel. Numa das noites antes de voltar a casa dos meus avós, a amiga foi perguntar ao rapazinho, que se encontrava no primeiro andar do café. E eu fiquei cá em baixo, à espera.
Agora imaginem a minha cara quando ela aparece à janela e berra: “Andreia, ele disse que não!”
Buracos para me esconder? Claro que não! Afinal de contas, uma boa humilhação, para ser completa, não compreende qualquer tipo de escapatória dos olhares públicos.
Então o que é que se faz? Bem, normalmente faz-se o caminho de volta para casa com os olhos pregados ao chão. Mas antes que isso pudesse acontecer, sai o tal rapaz disparado do café, nunca cheguei a saber porquê, talvez para me gozar (?), escorrega numa das tais bostas que estavam por todo o lado e espeta-se contra uma fonte que havia mesmo em frente, partindo dois dentes.
Não, não me tentaram queimar na fogueira por bruxaria, o que admito que possa ter passado pela cabeça de alguns, mas as vacas nunca mais foram as mesmas! Ter caminhos interditos faz isso a uma vaca!
O quê, não pensaram que a história era embaraçosa só para mim, pois não?

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publicado às 08:00

E depois a bruxa fechou-os no armário para os engordar!

por A Mona Lisa tinha Gases, em 08.01.09

Esta manhã apoderou-se de mim o Pânico! Uma coisinha que começa como um formigueiro nos dedinhos dos pés e vem por ali acima a transformar todo o nosso corpo numa massa rígida. E não, não foi por ter acordado tarde, porque esta semana, talvez devido ao frio, tem sido habitual.

Então porque foi?

Não consegui vestir umas calças. Ok, toda a gente sabe que quando as calças de ganga vão para lavar encolhem sempre um bocadinho. Normalmente isso só significa que de vez em quando passaremos um dia mais "justinho".

Mas não foi esse o caso. Nem sequer lhes consegui apertar o button fly, com aquele enorme V formado pelas calças por fechar a gozar com a minha cara. Ou seja, meus amigos, confirma-se: engordei durante as festas. E a menos de dois meses de fazer vinte e sete anos, tenho que admitir que o meu corpo já não recupera tão bem. Das ressacas, das directas, do excesso de café e tabaco (em resolução) e, sim, dos excessos alimentícios do Natal. Pelos vistos está a acabar a era em que comer três quilos de sonhos num só dia não tinha influência no ponteiro da balança... Que neste caso não existe, porque a minha balança é digital.

Claro que comecei imediatamente a traçar uma estratégia para fazer as coisas voltarem ao normal. O que é chato, porque não há nada que resolva o problema que não implique levantar-me do sofá.

E isso deixou-me extremamente deprimida! Cheguei ao trabalho e fiquei triste porque não conseguia arranjar uma tradução para uma merdice qualquer. Abri o blog e fiquei triste porque o número de visitas tem vindo a descer gradualmente, como se, de repente, toda a gente tivesse chegado à conclusão que eu sou um ser abjecto. Abri a mochila para tirar a carteira para ir beber café e fiquei triste por não ver para lá o meu maço de Winston. E finalmente fiquei triste porque um dos meus colegas ainda tem língua e insiste em usá-la para atirar para o ar, a um ritmo constante, boquinhas que não fariam rir nem o Badaró (enquanto ainda estava vivo).

E agora estou a ficar com uma hiperactividade que me está a deixar doida. Calculo que seja pela privação de nicotina porque no meio de todo aquele choque esqueci-me das pastilhas em cima da cama...

Moral da história? Que eu esteja a ver não há! A única coisa que poderia ter evitado todo este cambalacho de emoções parvinhas era não ter tentado vestir as calças. Pois, só que eu tenho que me vestir para vir trabalhar. Quer dizer, lá porque eles me deixam vir de ténis, não me parece que também fossem tão open-minded em relação a vir de cuequinha.

E daí...

 

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publicado às 10:15

Sad little story

por A Mona Lisa tinha Gases, em 26.11.08

Os senhores afinal não fugiram.

Mas também não tinham exactamente tudo em ordem...

Bem, não é nada que eu possa explicar-vos aqui mas o importante é que está tudo bem e que a declaração amigável segue hoje para a seguradora.

Mas os planos de fim de semana no Gerês, com direito a massagem relaxante, jantar e mais merdices de que eu preciso mesmo muito estão arruinados. Este próximo fim de semana é impossível, no outro pode vir a ser também.

Nini C2 não anda! Ou melhor, ele anda! Na verdade, anda muito bem, como se não se tivesse passado nada. O único problema é que quando chega aos 35, 40 km/h começa a fazer um barulho como se fosse levantar voo, que se intensifica até aparecer que vamos dentro do space shuttle...

O carro deve estar todo lixado por dentro... Like me! Há mais de dois anos que não faço férias e agora que ia ter direito a fim de semana romântico, vai tudo por água abaixo...

DAMN YOU!!!

Deprimi.

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publicado às 09:54

Vou mas é dormir!

por A Mona Lisa tinha Gases, em 24.11.08

Oh que granda merda!!!!

Acabaram de me bater no carro. Ligou-me o meu nini agora mesmo a informar-me que nos arranjaram uma frente e uma lateral nova!

NNNNNÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOO!

Estou de mal com a vida, neste momento!

Parece que se o senhor não lhe tivesse batido estava agora no fundo de um penhasco. Ou seja, parece que o meu querido C2 fez de rail.

Amigos, está a chover! Quando está a chover mais vale andarem D E V A G A R!!!!

 

D...E...V...A...G...A...R!!!

Fogo, pá! Mas porquê?

Ainda por cima parece que não havia uma única declaração amigável num raio de cem metros! Ou seja, o meu namorado ficou os os dados do senhor, inclusivé com a autorização de residência, que o homem tinha acabado de chegar a Portugal, estava em mudanças, mas só amanhã é que vão ultimar as coisas.

Conhecendo as pessoas como conheço, só espero que agora o homem não desapareça para parte incerta, senão juro que dou um murro em alguém!

Oh meu querido e malogrado C2!!

 

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publicado às 20:36

Hoje foi dia de:

por A Mona Lisa tinha Gases, em 17.11.08

Odiar o meu trabalho!

 

 

Já nem vejo nada direito! Só me apetece atirar o raio do portátil pela janela!

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publicado às 18:27

A lógica do cóco

por A Mona Lisa tinha Gases, em 09.10.08

Estou a trabalhar numa das zonas "in" da região de Lisboa, a zona sul do Parque das Nações.

Aqui, os prédios são residenciais quase na sua totalidade, à excepção das "lojas" que compõem alguns rés-do-chão. É numa dessa que se situa a empresa onde trabalho.

Quem quer que não conhecesse a zona, haveria de reparar, à medida que se dirige para cá, que está a entrar num bairro privilegiado.

Logo de manhã, senhoras de farda rosa passeiam os cães e os filhos dos patrões, empurram carrinhos de brinquedo, lavam escadas, sacodem tapetes. Acho que não deve haver uma habitação que não tenha empregada doméstica.

Estamos constantemente quase a levar com carros em cima. Mas não são uns carros quaisquer. São Audi, Mercedes e BMW. O pessoal aqui só tem rodas de luxo mas parece que foram todos roubar as cartas de condução ao 6 de Maio. Não sabem fazer rotundas, não respeitam sinais de trânsito... É uma aventura conduzir por estes lados! E não sabem estacionar nem para salvar a vida. Um dos meus passatempos preferidos aqui é debruçar-me na varanda a vê-los estacionar. Quase dá vontade de aplaudir no fim! Que espectáculo de qualidade!

Outra das características interessantes deste sítio são os cães. A maior parte deles são minúsculos. Muito esta gente gosta de Yorkshire's! Mas cagam como gente grande!

Os donos gostam de passear os cães ao fim da tarde, quando chegam. Acham que os senhores apanham os cócos? Claro que não! Aqui, nem a isso são obrigados. Há uma empresa cuja única função é vir cá recolher excremento.

"Ah, então o que é que fazes? Apanho cóco de cão rico!"

Mas como os senhores só cá vêm uma vez por dia, às vezes passar nestes passeios é o equivalente a atravessar um campo minado!

Cá para mim, os senhores da tal empresa haviam de ter um número de emergência! Devia haver um a cada esquina, com o saquinho a postos!

 

E pronto, é assim! Agora já percebo o significado da expressão "gente rica é outra coisa". 

Oh, se percebo!

  

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publicado às 09:40

A inquietação

por A Mona Lisa tinha Gases, em 06.10.08

Estou numa daquelas fases esquisitas em que parece que estou à espera que aconteça alguma coisa...

Passei o fim de semana ansiosa, com aqueles suspiros profundos e motivados por nada, com constantes mini-ataques de ansiedade.

E o pior é que não estou a ver, sinceramente, o que raio é que poderá vir a acontecer.

Sei que há uma ou duas questões que poderão eventualmente vir a precisar de resolução, mas só lá daqui a um ano.

Que raio de neurose, i tell you!

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publicado às 09:41

FDS, a sigla polissémica

por A Mona Lisa tinha Gases, em 20.04.08

Cheguei a uma triste conclusão.

O fim-de-semana faz-me mal. Durmo demais. Apodera-se de mim um sono incontrolável. Hoje só consegui acordar lá para as seis da tarde, outra vez.

E já estou irritada só de pensar que amanhã tenho quatro horas de aula seguidas...

Ou seja, espero uma semana inteira pelo fim-de-semana para depois, o mesmo, só me tornar mais difícil a semana seguinte.

Tenho de arranjar horários normais! Onde é que se compra o pacote?

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publicado às 23:47

Bored

por A Mona Lisa tinha Gases, em 09.04.08

Ando com tanta falta de vontade de fazer o que quer que seja que até meto nojo a mim própria...

 

(Hã, não digam que não podem construir frases enormes sem enfiar uma única vírgula lá pelo meio!)

 

 

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publicado às 01:59


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