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Hoje é um dia de grandes mudanças na vida de Shaka , o meu gato. Vou levá-lo à veterinária para começarmos a redução do Prozac . (Sim, o meu gato toma Prozac ...)
Há uns seis meses teve um problema urinário. O gato produzia urina mas não conseguia expulsá-la. Resultado: tinha que ser anestesiado e algaliado e depois tinha de ficar com a algália durante três dias e eu a recolher pingos de urina pela casa toda. A obstrução chegou a ocorrer duas vezes por semana e prolongou-se por três penosas semanas. De cada vez que acontecia lá tinha eu de desembolsar perto de 100 euros! Diga-se de passagem que as minhas parcas economias de estudante foram todas com os porcos. Ou com o gato, neste caso.
E depois começou a pressão para terminar com aquilo, que o bicho estava em sofrimento e não podia ser gastar-se tanto dinheiro e tal.
Então eu cheguei a acordo com as veterinárias (excelentes pessoas, note-se) e comecei a pagar quando podia e a salvar Shaka às escondidas! Era hilariante! Eu, o gato e sua caixa, encostados às paredes e a correr para o carro para ninguém nos ver!
Mas finalmente lá deixou de acontecer. A veterinária chegou à conclusão que ele estava deprimido porque tínhamos comprado um cão pouco antes e o gajo lhe invadia, impetuosamente, o território. Ensinaram-me a dar injecções subcutâneas no bicho e depois de muitas experiências com outras drogas lá chegámos ao Prozac . Houve uma altura em que ia jurar que o farmacêutico achava que eu andava a usar o gato para conseguir comprimidos para mim...
Agora, seis meses depois, chegou a altura de lhe começar a reduzir o medicamento. Eu estou mortinha por isso e ele também, acreditem. Mas há sempre a possibilidade, ainda que pequena, de isto voltar a acontecer e ninguém sabe bem qual o efeito que terá a retirada do medicamento. Não me apetecia nada voltar a andar clandestina para salvar Shaka !
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