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Há cerca de um mês e meio atrás apareceu aqui na rua um cão que mexeu comigo. Tinha uns olhos muitos tristes mas profundos, que faziam lembrar os de uma pessoa.
Apareceu aqui numa tarde, andou de um lado para o outro da rua e foi-se embora, nunca mais o vi.
Entretanto, voltei a ver aqueles olhos numa revista de cães. Num Castro Laboreiro, uma raça portuguesa, originária de Trás-os-Montes.
Ontem, o cão apareceu por aqui outra vez. O meu namorado viu-o e também está convencido que é um Castro Laboreiro. Não sabemos se é puro ou um cruzamento, mas é bem capaz de termos uma das mais nobres raças de cão portuguesas a rondar-nos o jardim.
Está completamente diferente do que da primeira vez que apareceu. Magro, assustadiço, como se lhe tivessem feito mal, coberto de carraças.
Claro que não podia ficar indiferente àqueles olhos tristes. Pus-lhe comida e água no passeio e atirei-lhe com uma bisnaga de Advantix para cima, na esperança que lhe morram aqueles bichos todos.
O pior no meio de tudo isto é que o cão é adorável. Tem medo e evita o contacto com as pessoas mas desde que lhe comecei a dar comida não me larga, só quer brincar.
Agora, se bem se lembram, tenho um AmStaff de dois anos e um gato, não posso ficar com outro cão.
Já visitei o site da União Zoófila e dizem que não têm vagas, que não podem receber mais cães. Amanhã vou ligar para o Clube Português de Canicultura. Se for realmente um Castro Laboreiro há-de haver algum criador que o queira, suponho eu...
Mas se alguém por aqui passar estiver interessado em ficar com ele, que me diga alguma coisa. É um cão que se dá preferencialmente em grandes espaços, como vivendas mas tendo em conta a situação actual, não me parece que ele se importe muito de viver onde quer que seja, desde que o tratem bem.
(Foto retirada da Internet de um exemplar da raça)
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