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Normalmente até sou uma gaja calminha, extremamente educada e cordial. Porque respeitinho é muito bonito. Mas hoje passei-me! Duma maneira completamente grosseira e selvática. Quem lê isto até parece que transformei no Hulk . Mas não esteve muito longe.
A história por trás disto já se arrasta há três meses e uma pessoa vai acumulando as irritações e, já se sabe, quem acaba por levar por tabela nem tem assim tanta culpa quanto isso.
Enfim, tudo começou numa solarenga manhã de fins de Abril, quando às 8 da manhã a minha "better half " me liga a dizer que destruiu a frente do carro, ao chocar com um Audi que se lembra de passar dos 80 para os 40 nos nossos fantásticos radares da segunda circular. Eu sabia que aquelas coisas eram um prenúncio de desgraça. Qualquer tipo de incidente que danifique o meu querido C2 é para mim uma ofensa pessoal. Mas que se pode fazer?
Preenchida a bela da declaração amigável era altura de a enviar para o banco de financiamento, pois como se trata de um ALD, os titulares do seguro são eles. Passou-se um mês e meio até qualquer contacto relativamente à peritagem ser feito. Só que, quando isso aconteceu, eles ligaram para o meu pai, que nunca teve qualquer tipo de participação na compra deste carro. Se não fosse tão descabido, até diria que deram ao perito o primeiro número que encontraram. O meu pai encaminhou-o para o número correcto só que os anormais nunca mais disseram nada. Este mês decidi que já não aguentava mais ver o C2 com a placa de matrícula torta e com o pára-choques arranhado. Liguei para o banco que, infelizmente, faz a ponte entre nós e a seguradora e tentei esclarecer a situação. E não é que os filhos da mãe me dizem que nunca receberam a declaração amigável? Como é que é possível dizerem-me uma coisa destas se inclusivamente já a enviaram para a seguradora, possibilitando, assim, o contacto daquele primeiro perito desmiolado?
Respirei fundo, mudei de assunto e desliguei. Entretanto enviei-lhes um outro formulário que me tinha sido pedido e cerca de uma semana e meia depois, voltei a ligar.
E, claro, ainda não sabem o que se passou com a declaração amigável e não receberam o segundo formulário enviado. Aí é que foi! Eu já não estava muito contente com eles. Com isto, passei-me! Pedi-lhes para confirmarem a morada e perguntei qualquer coisa do género: "Ah, fica em Lisboa! Não é no triângulo das Bermudas? Porque as cartas que envio nunca aí chegam!"
A mulher não gostou. Começou a responder-me duma forma menos cordial e quando dei por mim, estava a berrar. Eu nem sabia que a minha voz podia atingir aquele volume! E acusei-os de tudo o que me lembrei: de incompetência, de mentirem deliberadamente, de estupidez... É tudo verdade mas, aparentemente, tem muito mais impacto se for dito aos berros.
E agora estou com alguma vergonha. Mas só da parte dos gritos porque, diga-se de passagem, até lhe mandei umas bocas fixes. Não vou citar a instituição em causa, mas é aquela que financia a compra dos Citroën e Peugeot.
Que pena! E eu que até queria tanto que o mau próximo carro fosse o C4 . Oh well ...
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