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O cinema português é uma coisa que sempre me fez uma confusão do caraças! Parece que não consegue sobreviver para lá dos clichés!
Senão, vejamos: antes era tudo muito à base de tragédia. As interpretações não eram muito famosas, parecia que os actores não conseguiam descolar o palco do teatro da tela do cinema. Ou seja, tínhamos filmes muito artificiais, em que muito pouco era credível e consequentemente o público recompensou essa "qualidade": salas vazias. Tornou-se um hobbie de elites. Só podia fazer filmes quem se pudesse dar ao luxo de perder todo o dinheiro investido. Sim, porque retorno comercial era coisa que não havia.
Agora a situação inverteu-se. O cinema português já dá algum dinheiro. Já se quebram recordes de bilheteira, está de novo na moda. Mas a que preço? Mais clichés para cima do espectador, só que desta vez, clichés que primam pela sua extrema falta de gosto.
Parece que a cabeça dos produtores funciona da seguinte maneira: "Temos uma gaja boa para se despir em frente às câmaras? Boa! Então vamos construir o filme à volta disso!"
Senão veja-se: a Soraia Chaves a interpretar uma prostituta de luxo que se apaixona por um cliente, ou lá o que é, é um plot que vos pareça muito interessante? Uh ! A minha capacidade intelectual nem consegue arcar com todas as possibilidades que tal história pode gerar! Faz-me analisar questões demasiado profundas, políticas e filosóficas! Mas a Soraia despe-se toda no filme? Ah pronto, então está bem, já deve valer a pena gastar 6 euros no bilhete!
O último filme português de que se fala é "Contrato", filme de Nicolau Breyner , com Cláudia Vieira (a rapariga da lingerie dos autocarros) e o Pedro Lima. E qual é a história deste filme? Vieira é uma assassina contratada para matar um moço (Lima) que está internado num hospital, depois de ter levado uma valente coça. Para se aproximar do alvo, faz-se enfermeira desse hospital. Mas espera, será que ela já era enfermeira? Era enfermeira e assassina nas horas vagas? Ou tirou o curso em dois meses e conseguiu logo emprego naquele hospital? Dizem-me que isto anda mal para os enfermeiros mas a Cláudia lá deve ter atributos que desconhecemos.
Mas claro que a Cláudia ( a Júlia) tinha de se apaixonar pelo Pedro (o Peter McShade (original, sem dúvida)) dificultando assim enormemente a sua missão. E depois o que é que acontece?
A Júlia e o Peter enrolam-se, claro! E despem-se e tal. Ou seja, mais uma vez temos uma boa actriz ou uma actriz boa, como queiram, a despir-se num filme português como forma de chamar o público às salas e temos um enredo por trás que sinceramente, me faz lembrar aqueles filmes americanos que às vezes se apanham na TVI de madrugada e que revoltam o estômago de qualquer pessoa minimamente sensível. Normalmente, não têm muito boa imagem e os actores "suck " até mais não.
E é isto o cinema comercial português. O mais triste no meio disto tudo é que o público engole! Gajas boas semi-nuas ? 'Bora lá invadir os cinemas e levar as namoradas só para disfarçar!
Eu não queria ter traçado um cenário assim tão negro, mas realmente não vejo ponta por onde se lhe pegue. Deprime-me à brava!
Olhem, como exemplo, vou pôr aqui uma foto da Soraia semi-nua e uma tag "gajas nuas" e vocês vão ver o corropio neste blog!
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