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Há pessoas muito parvas! Mas isso vocês já sabiam...
Aqui na minha zona, há três ou quatro farmácias a que recorro quando é preciso. Duas delas são geridas ou têm empregados, muito estranhos.
Passo a explicar: a farmácia X fica numa ruazinha simpática, ao lado de um cabeleireiro e de uma clínica veterinária e tem estacionamento privativo. Ao balcão encontramos sempre as mesmas quatro ou cinco pessoas, incluindo a dona da farmácia. Todos eles, incluindo uma farmacêutica que entrou há pouco tempo, são de uma simpatia extrema. Mesmo. A atirar para o macabro! Palpita-me que deve ser alguma coisa no ar. Os clientes, e calculo que sejam todos, são recebidos como amigos de quem se sente falta e há espaço para a piadola e o gozo. Sempre com enorme respeito, refira-se. Mas são simpáticos demais...
Se pensarmos, é assim que devia ser em todos os locais de atendimento ao público. Mas o povo português está tão habituado a encontrar bestas atrás de um balcão que até estranha!
Por falar em bestas, a farmácia Y situa-se a escassos dois ou três quilómetros da farmácia X. Fica situada numa rua que é uma dor de cabeça para encontrar estacionamento a qualquer hora do dia, por baixo de um prédio residencial. Sempre fui mais ou menos bem atendida nesta farmácia. Há duas senhoras extremamente simpáticas e atenciosas, há uma que se engole e há outra que é um bocado parva mas eu sei bem lidar com essa gente, por isso até me dá vontade de rir. Claro que eu nunca tinha sido atendida pela dona da farmácia Y , pois como calculam, não passo a vida a caminho de lá, como os pobres velhinhos que entopem aquele antro entre as 9 e as 11 da manhã.
Mas já a tinha visto em acção. Aqui há uns meses atrás, estava eu na fila e a dona da farmácia estava a atender uma velhinha que queria saber o preço de uma caixa de aspirinas. Quando a besta lhe respondeu, a pobre senhora perguntou se não tinha desconto. Coitados, eles sabem lá. A besta respondeu-lhe, após uma daquelas gargalhadas maquiavélicas que associamos aos vilões dos desenhos animados, que não.
Aquilo caiu-me tão mal. Antes de conseguir reagir já a senhora se tinha ido embora. Era claramente uma daquelas velhinhas, com um reforma miserável, como são quase todos. Mas uma verdadeira besta não se condói.
Ontem foi a minha vez. Esperamos sempre que este tipo de pessoas saibam distinguir entre quem podem pisar porque não têm capacidade de resposta ou não se querem chatear, e quem não podem. Mas não. A mulher além do mais, é burra!
Eis a nossa conversa:
EU: Bom dia.
BESTA: ...
EU: (Pausa) Bom dia.
BESTA (Pausa. Estende a mão para receber a receita) ...
EU: (Tom alto) BOM DIA!!
(BESTA recua uns passos e fica a olhar para mim como se eu fosse a criatura mais mal-educada à face desta terra.)
BESTA: (Sussurra) Bom dia.
(BESTA vai buscar os medicamentos, faz o pagamento e entrega-me o saco. Pausa.)
EU: Obrigada.
BESTA: ...
EU (Tom alto): Agradeça! Afinal de contas, eu acabei de vir deixar aqui o meu dinheiro! Isto é, quer queira pensar que sim ou não, um estabelecimento comercial. As pessoas que atendem ao público devem ter o mínimo de educação, pois caso contrário, há mais 4 farmácias na zona por onde escolher! Da próxima vez que eu cá meter o pézinho , se não obedecer a umas quantas regras de educação, peço o livro de reclamações! E se continuar a olhar para mim com essa arrogância toda ainda leva com ele em cima!
E virei costas. Sim, eu sei que exagerei! Mas eu ainda tinha o outro episódio gravado na mente e andava mortinha para meter aquele sucedâneo de gente no seu lugar. Provavelmente não volto a entrar lá mas por uma vez alguém disse àquela **** o que ela merecia ouvir!
Porque raio é que as pessoas têm tamanha necessidade de maltratar aqueles que consideram seus inferiores? E porquê, expliquem-me porque é que sequer se julgam superiores a quem quer que seja.
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