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Um dia lá teria de ser! Venham os McCann ...
Quero deixar bem claro que esta questão toda me parece tudo menos límpida ! Nunca antes tinha mencionado este caso porque tenho cá para mim que tudo o que possamos dizer ou pensar, é demasiado especulativo para ter qualquer tipo de validade! Mas uma pessoa tem limites! Eles estão mesmo a pedi-las!
Vamos por partes:
1 - Aquela gente é um bocado parva! Quem é que no seu perfeito juízo deixa sozinhas umas quantas crianças (nem sequer sabemos bem quantas eram...) num quarto de hotel? Nem para ir comprar tabaco, quanto mais para jantar!
2 - Eles estavam de férias. Se doparam a miúda, consigo perceber porquê. Não concordo, mas consigo perceber. Agora, o que já não percebo é como é que se coloca a hipótese de sobredosagem acidental de um qualquer fármaco quando os dois pais são... médicos!
3 - Ao que parece há um gap de mais de uma hora entre o desaparecimento da criança e o alerta dado às autoridades. O que é que eles andaram a fazer?
4 - A postura do casal sempre foi estranha. Sempre me perguntei porque é que Kate olha tanto para o chão. Porque é que o marido tem sempre o mesmo tom monocórdico? Os ingleses têm fama de distantes mas estes dois devem bater recordes!
5 - Porque é que cá ficaram tanto tempo e algumas horas depois de serem constituídos arguidos se apressaram a regressar a casa?
6 - Finalmente, porque é que, face às duras críticas à PJ, ninguém veio defender o bom nome da instituição? A única coisa que ouvimos é que a PJ não precisa de ser defendida por ninguém. Já ouvi desculpas melhores. Será que há pressões políticas por trás de tudo isto? E se sim, porquê?
Ainda hoje, uma amiga me dizia que acreditava que naquele jantar, da noite do desaparecimento, estava alguma figura de destaque da sociedade/vida política inglesa. Talvez. Qualquer tomada de posição aqui seria, mais uma vez, especulação. E no entanto, é de especulação que têm vivido os jornais e televisões de todo o mundo, no que toca a este caso. Os McCann são, neste momento, o paradigma perfeito do mediatismo. Acarinhados pela multidão, elevados ao topo noticioso dos jornais mundiais, são hoje criticados, vaiados e olhados com desconfiança, após a revelação dos resultados dos famigerados testes de ADN. São o bestial tornado besta e puseram a nu uma das maiores fragilidades do jornalismo actual. Diz-se que os McCann conseguiram exposição durante tanto tempo porque lutaram para isso. Mas, na verdade, não foi bem isso que aconteceu, pois não? Se a história não arrefeceu de imediato, como tantas outras de contornos mais macabros, o mérito é todo da imprensa. E se a imprensa não deixou cair o caso, o mérito é todo do povo. Assistimos a uma subversão do privado que é cada vez mais uma comodidade dispensável. E é notório também o canibalismo público pelas emoções e tragédias alheias. No meio de toda a podridão que envolveu este caso, o casal apenas aproveitou a onda. Sempre bem assessorados , como é da praxe, mas esforço não houve muito. Mas será mesmo da praxe? Muitos torcem o nariz ao facto de os McCann terem assessores de imagem e saberem jogar com o interesse da multidão mundial que desde o dia 1, acompanha o caso.
Já agora, antes de continuar, clarifico: não sei se os senhores têm alguma coisa a ver com o desaparecimento da filha. Mas acho que são um bocado parvos. E se são parvos também podem ser culpados...
Até agora estive muito neutra e ponderada, à espera da revelação de provas palpáveis, que indicassem o caminho mais provável. Mas ontem vi A ENTREVISTA!
Numa altura em que a opinião pública está contra eles, Kate e Gerry decidem dar uma entrevista que é claramente, um número ensaiado, uma peça de teatro. Critica-se a mãe porque não chora e não vem fazer espectáculo para o meio da rua e após essas críticas, na primeira aparição, tem que se interromper a entrevista 3 vezes porque ela não pára de chorar? E como é que ela consegue chorar, acometida de grande emoção, sem mexer os músculos da cara? Estranho. Porque é que Gerry , depois de criticar tão duramente a PJ, directamente e através da voz de familiares, vem agora fazer a defesa da polícia portuguesa? E porque é que declara coisas como a seguinte?:
"Fui a última pessoa a vê-la. Olhei para ela e pensei em como era bonita e na sorte que tinha por ser pai daquelas três crianças."
Então, esperem ai! O gajo está a jantar, já que decidiram deixar os putos em casa, tem de se levantar da mesa para os ir espreitar e provavelmente até já bebeu uns copos de vinho. E quando olha para os miúdos tem este pensamento, com toques de despedida? Naaa !
Como já referi, não me pronuncio sobre a inocência ou não do casal. Mas uma coisa tem de se dizer: As declarações ao canal espanhol foram claramente ensaiadas e se, até agora os McCann tinham bons assessores , ontem alguém fez asneira da grossa!
O que é que se passa com esta gente?
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