Encontrei-a!
Encontrei a minha casa!!
Hoje andámos o dia todo nisso.
Às onze, a primeira.
Not that great.
Meio-dia, a segunda. A sala mais bonita que eu já vi e alguma vez vou ver. Acho que era capaz de passar horas a olhar para aquela vista. Daquelas em que prendemos a respiração, sabem? A natureza tem dessas coisas. O resto da casa também era cool. Mas quando nos pediram 195 mil euros (T2) soltei uma daquelas gargalhadas abertas que ecoou por toda a divisão.
Meio-dia e meia, a terceira: Era muito engraçada, mas só um T1. Ficámos de voltar a contactar, se nos interessasse.
Duas e meia, a quarta. Não era nada má, estava dentro dos valores que queríamos, só não gostámos muito do terraço, mas até se engolia. Mas eis que o senhor Hugo da mediadora (um bacano, a sério) nos fala de outro imóvel, ainda mais barato e ainda mais perto.
Três e quinze, the one. Não estava nada à espera, toda a gente me diz que viu dezenas de casas. Ao todo, entre este fim de semana e o anterior, vimos seis. Esta tem um terraço de 80 m2. O gato Shaka e o cão Shiva vão ficar contentes. Uma lareira rústica, em mármore rosa, linda! Três armários, as divisões têm bons tamanhos, nada de claustrofóbico. Banheira de hidromassagem, que vai funcionar mais como elemento de decoração, que eu tomo duches. Mas é bonita na mesma!
Uma vista quase tão fantástica como a outra. Cozinha completamente equipada. Garagem. Um jardim relvado a dez metros.
Parece que vos estou a tentar vender a casa, não parece? Mas não. É minha!!! 
Está reservada para mim! :)
Agora, vocês nem imaginam como foi esta semana que passou. Andava tão neurótica com isto das casas que mal dormia. E quando isso acontecia, até sonhava com um símbolo de m2 gigantesco que me andava a perseguir. Não estou a gozar.
Pensava que encontrá-la me ia acalmar.
Bem, por um lado, já não vou passar as horas entre chegar a casa e deitar nos sites das imobiliárias, já não há a pressão de encontrar a casa perfeita. Até porque, como vimos, acho que essa casa só existe na nossa imaginação. Há-de haver sempre algum problema, nem que seja o preço. O stress da procura acabou.
Mas por outro lado, há tanta coisa por definir, tanta coisa por resolver. Acho que só saberei se posso ficar mesmo com a casa lá para meados ou finais de Julho. É mais um mês de alguma incerteza.
Estou, claramente, num ponto de viragem da minha vida.
Agora é tudo tão assustador, tão cheio de cautelas, tão repleto de incertezas. Tudo pode correr muito bem, mas também tudo pode correr muito mal.
Provavelmente, daqui a uns anos vou olhar para trás e isto vai-me dar vontade de rir.
Neste momento, só me dá vontade de fumar que nem uma chaminé. E de bater com a cabeça na parede, ocasionalmente.