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E agora?

por A Mona Lisa tinha Gases, em 30.04.08

Depois da subida de três cêntimos por litro, o preço do gasóleo ultrapassou hoje a barreira do euro e trinta. Desde a liberalização do preço dos combustíveis, temos assistido a aumentos graduais que muitos dizem não se coadunar com o a subida da matéria-prima.

Depois do Reino Unido e dos Estados Unidos terem começado a racionar o arroz, já se fala de um racionamento a nível mundial. Os chamados bens essenciais atingem valores impraticáveis para muitas famílias, com ênfase no leite e pão.

Se a primeira situação , ainda que motivada por factores externos, é um problema nosso (em Espanha, o preço por litro de gasóleo está a 1.19 euros), a segunda já não é algo que possamos controlar tão bem a nível interno. A pseudo-crise dos Estados Unidos está a aproximar-nos lenta e inexoravelmente de uma crise mundial.

José Sócrates reage a este facto dizendo que a oposição não quer que Portugal cresça e abandone a crise, que pinta o quadro bem mais negro do que ele é.

A meu ver, avizinham-se tempos difíceis, com o alargamento do fosso entre pobres e ricos. E com o apagamento daquilo que conhecemos como a classe média.

Os indicadores estão por todo o lado. Nenhum deles é risonho.

Estoua a chegar ao fim do mês e não sei se hei-de encostar o carro às boxes durante os próximos trinta dias. Voltar aos transportes públicos, pelo menos enquanto não arranjo trabalho.

Tenho que admitir: estou com receio. Não prevejo nada de bom. Preocupa-me principalmente que, com a conjectura actual, já nem valha a pena sair do país. Convenhamos, o nível de vida do português médio em Portugal afunda-se a olhos vivos. O sobreendividamento é uma questão quase banal. Mas se as coisas evoluírem no sentido da tal crise global, se os americanos forem ao ar e levarem quase toda a gente com eles, não vejo para onde possamos fugir...

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publicado às 21:34

Põe um travão nisso!

por A Mona Lisa tinha Gases, em 29.04.08

É por coisas como a que vi hoje que nós, as mulheres, estamos sempre a ouvir bocas desagradáveis no trânsito. É por coisas como a que vi hoje que a frase "Ah, é mulher", dita com profundo desdém, é uma das mais proferidas nas estradas de Portugal. 

Circulava eu em Lisboa, já depois das onze, a caminho de casa, quando cedo a passagem a uma rapariga num Mercedes Classe A. A estrada era estreitinha, ou melhor tornava-se estreitinha, com filas de carros estacionados de ambos os lados, pelo que tive de esperar quando ela decide estacionar, de marcha atrás , num dos poucos lugares visíveis. A manobra começou de forma estranha. Pensei: "Vamos ficar aqui a noite toda...", porque ela virou o volante cedo demais e tal. Mas ficou ainda mais estranha quando ela faz a manobra a uma velocidade estonteante.

Quando isto acontece, normalmente só há dois tipos de condutor atrás do volante: o ás, que sabe o que está a fazer, que é um bocado convencido e tem a mania que é estiloso  mas raramente provoca estragos ou a humilhada, alguém que já ouviu muitas das tais bocas e tenta mostrar que não é nada assim, que até consegue fazer o mesmo que os ases, que nasceu ao volante do automóvel. 

Quando o condutor é do segundo tipo, as coisas não costumam correr muito bem.

Ainda eu estava a pensar qual das duas seria ela, quando ela se espeta a toda a velocidade no carro de trás! Juro que até me doeu a alma! A mulher esqueceu-se que tinha travões, só pode. Porque aquele embate ressoou na rua toda, fez balançar fortemente o carro de trás e trouxe pessoas à janela.

Agora, que ela se tivesse armado em campeã é ofensivo mas não é o pior que ela fez. A seguir, desiste do lugar, endireita o carro e segue. E eu e o meu gajo ficamos a olhar um para o outro, com cara de parvos, com tamanho desplante.

Então, recapitulemos: ela faz aquilo a um Classe A novo, deve ter partido todos os apoios do pára-choques do carro de trás, tem pelo menos umas seis testemunhas do ocorrido atrás dela (entretanto chegou mais 1 carro e uma ambulância) e vai-se embora?

É capaz de ser a cena mais latosa a que eu já assisti! Lá está, eu não posso defender as senhoras dos impropérios de que são alvo no trânsito depois de ver uma coisa destas!

E digo-vos mais, se o carro fosse meu, acho que a tinha perseguido rua abaixo até ela espetar com os cornos num qualquer poste que aparecesse!

Anda uma pessoa a trabalhar para comprar os carritos a crédito, carritos que nos enchem de orgulho, símbolos da nossa capacidade produtiva, para vir uma puta qualquer de Mercedes dar cabo do nosso bólide e ainda por cima fugir?

Já vi muita coisa que me irritou mas esta entrou numa categoria só dela!  

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publicado às 00:51

Há mar e mar...

por A Mona Lisa tinha Gases, em 26.04.08

Cada vez se tornam mais recorrentes os afogamentos nas praias portuguesas em pré-época balnear.

Fruto deste clima absolutamente caricato, a partir de meados de Abril, já não é estranho ver praias cheias aos fins de semana. Isto quando não é fim de semana de monção.

Se dissermos a um qualquer turista que por cá tenha aterrado, nos últimos dias, que ainda na semana passada chovia como se não houvesse amanhã, ele provavelmente duvidaria. Mas talvez essa dúvida se dissipe na próxima segunda-feira, para a qual já se adivinha o regressar da chuva.

A verdade é que este clima, resultado ou não das alterações climáticas, é estranho como o raio que o parta! Os senhores que controlam o nível das albufeiras e barragens já vieram assegurar que durante os próximos dois anos não teremos seca, devido à quantidade de precipitação do último mês.

Mas esta estranheza não é óbvia para todos. Ainda hoje morreu uma pessoa na Caparica. Ao todo, só hoje, cinco pessoas andaram em apuros nas águas das praias mais concorridas da região de Lisboa. Quando não conseguimos entender os avisos que nos envia a natureza, somos quase sempre nós que nos lixamos.

As correntes marítimas, como tudo, sofrem alterações. O mar da Caparica já não é o mesmo de quando eu era criança.

Quanto mais depressa percebermos a mensagem, menos vítimas haverá a lamentar.

É preciso tradutor?

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publicado às 22:40

Concurso Literário Papiro

por A Mona Lisa tinha Gases, em 24.04.08

Recebi um e-mail da Salomé Guerreiro, coordenadora editorial da Papiro Editora.

Por se tratar de um concurso pago pelos participantes fiquei na dúvida se o devia divulgar. Mas parece-me uma iniciativa de valor, pelo que deixo aqui o regulamento para que possam tirar as vossas conclusões.

Podem também enviar os vossos trabalhos extra-concurso com vista a uma possível publicação. 

CONCURSO LITERÁRIO PAPIRO / 2008 <mailto:info@papiroeditora.com>

 

Com o intuito de incentivar o gosto pela literatura em Portugal, dando ênfase à publicação
de textos, a PAPIRO EDITORA promove o CONCURSO LITERÁRIO PAPIRO PARA NARRATIVA E POESIA, composto por duas categorias distintas:

a) Contos, novela, crónica ou romance;

b) Poesia, o qual será regido pelo seguinte:

 

REGULAMENTO

1. Podem concorrer quaisquer pessoas, desde que os textos inscritos sejam em língua portuguesa. Os trabalhos DEVEM ser inéditos e a temática é livre.

 2. As inscrições encerram no dia 30 de Abril de 2008. Os trabalhos enviados após esta data não serão considerados para efeito do concurso, e, assim como os demais, não serão devolvidos. Para tanto será considerada a data de ENVIO (correio e internet).

3.Os textos devem ser redigidos em folha A4, corpo 12, espaço 1,5 (entrelinhas) e fonte Times New Roman.

4. As inscrições podem ser realizadas por correio ou pela internet da forma seguinte:

a) Via postal (correio): os trabalhos podem ser enviados em papel, CD ou disquete 3 ½ para PAPIRO EDITORA, Rua das Oliveirinhas, 62, 4000-367 Porto.

b) Internet: os trabalhos devem ser enviados, em arquivo Word, para o e-mail info@papiroeditora.com.

5. Tanto os CONTOS quanto a POESIA devem ser remetidos em 1 (uma) via, devendo, em folha (ou arquivo) separada, conter os seguintes dados do concorrente: nome completo /
nome com o qual assina a obra / categoria a que concorre / data de nascimento / profissão endereço / e endereço electrónico.

6. Cada concorrente pode realizar quantas inscrições desejar.

7. Para a categoria CONTOS, o valor de cada inscrição é de 50 €, podendo o autor inscreveraté 2 (dois) textos por inscrição. Para a categoria POESIA, o valor de cada inscrição é de 30 € podendo o autor inscrever até 2 (dois) textos por inscrição. Os valores devem ser depositadosa favor de PAPIRO EDITORA, no banco BANIF, agência S. João da Madeira , ou por transferência bancária para 003800740102638377169.

8. Os comprovativos de depósito (nos quais os concorrentes escreverão o nome) devem ser remetidos para a Papiro Editora por correio, pela internet (escaneados) ou para o fax 220160193. Nenhum valor de inscrição será devolvido.
9. Os resultados serão divulgados pelos jornais O Primeiro de Janeiro e Jornal de Notícias e individualmente (por e-mail) a todos os participantes, no dia 15 de Maio de 2008.

10. Cada Comissão Julgadora será composta por 3 (três) nomes ligados à literatura e com reconhecida capacidade artístico-cultural. Ambas as Comissões podem conceder menções honrosas ou especiais.

11. As decisões das Comissões Julgadoras são irrecorríveis.

12. Para cada Categoria (Contos e Poesia) o prémio será a publicação do texto em livro. Os textos premiados, inclusive os que forem agraciados com menção honrosa, serão publicadosem livro (sem ónus para seus autores) e cada um destes autores receberá dez exemplares, em troca do que cedem os direitos autorais apenas para esta edição específica que não poderá ultrapassar a tiragem de 1.000 (mil) exemplares. Os exemplares desta edição serão distribuídos por livrarias, por bibliotecas e escolas públicas.

13. A inscrição no presente concurso implica a aceitação plena deste regulamento.

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publicado às 23:17

...

por A Mona Lisa tinha Gases, em 24.04.08

Alguém que me explique, se puder ser, porque é que nos últimos dois dias uma pessoa não pode abrir o jornal sem ver os apetrechos mamários da nova namorada do Cristiano Ronaldo!

Chiça!

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publicado às 22:33

As malhas de que eu gosto! - Parte 22

por A Mona Lisa tinha Gases, em 22.04.08

Lembro-me se ser pequenina e de ouvir imenso a Rádio Nostalgia, cortesia do meu pai.

Por causa disso, tornei-me "amiga" dos grandes crooners , dos génios precursores dos mais variados estilos, do pessoal "grande". Uma das malhas que fazia as minhas delicias era esta.

Lou Reed é considerado o pai da música alternativa, muito devido ao seu envolvimento com a banda Velvet Undergroud .

A solo, editou 19 discos de estúdio. Este Walk on the Wild Side é retirado do seu segundo álbum a solo, Transformer , de 1972.

Música vintage , nesta vigésima segunda edição de As malhas de que eu gosto!.

 

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publicado às 20:10

Avé, oh dominadores da língua portuguesa!

por A Mona Lisa tinha Gases, em 21.04.08

 

 

Pergunto-me: será que eles fazem de propósito para o texto ser o mais críptico possível? Será que é um género de teste?

"Só aqueles que conseguirem entender o texto do anúncio serão dignos de concorrer a esta vaga!"

De tudo isto retenho a expressão "procedimento concursal".

Ah, que até agora não sabia o que era viver! Obrigada, Ministério da Cultura!

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publicado às 22:48

FDS, a sigla polissémica

por A Mona Lisa tinha Gases, em 20.04.08

Cheguei a uma triste conclusão.

O fim-de-semana faz-me mal. Durmo demais. Apodera-se de mim um sono incontrolável. Hoje só consegui acordar lá para as seis da tarde, outra vez.

E já estou irritada só de pensar que amanhã tenho quatro horas de aula seguidas...

Ou seja, espero uma semana inteira pelo fim-de-semana para depois, o mesmo, só me tornar mais difícil a semana seguinte.

Tenho de arranjar horários normais! Onde é que se compra o pacote?

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publicado às 23:47

E ao sexto mês, ele descansou

por A Mona Lisa tinha Gases, em 18.04.08

Luís Filipe Menezes anunciou que vai pedir ao Conselho Nacional a convocação de eleições directas para o próximo dia 24 de Maio.

Ao sexto mês de liderança do PSD, diz-se farto da guerrilha interna, concentrada em derrubá-lo desde as primeiras horas após a sua confirmação no lugar.

Pá, entende-se, não é? Para além de estar constantemente a levar com bocas, o homem ainda tinha que fazer oposição a José Sócrates. Como é que um partido encostado à direita faz oposição a um partido encostado à esquerda com políticas de direita?

Corta-lhe completamente as asas. Como é que se critica uma coisa que fazíamos igual?

"Ah, discordo do senhor Sócrates porque o meu fato é mais bonito do que o dele!", "Ah, discordo do senhor Sócrates porque o after-shave dele irrita-me as mucosas nasais!" Pois...

 

No meio disto tudo, claro que ainda tinha que surgir algo para nos fazer rir mais. Alberto João Jardim vem comentar a actual situação do PSD com a seguinte frase:

 

"(...) eu pairo por cima dessas trapalhadas todas do Continente."

Não estou a ver! Como é que um homem daquela envergadura paira? Posso estar a analisar mal a coisa, mas para pairar não será necessária alguma graciosidade?

Bem, e daí, um Boeing 747 também pesa umas boas 400 toneladas e anda lá em cima...

 

 

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publicado às 22:26

Good night, sweet prince!

por A Mona Lisa tinha Gases, em 16.04.08

Tenho aqui uma coisinha atravessada na garganta.

Não sei, suponho que seja o resultado natural de a equipa de futebol por quem temos alguma simpatia, ter um jogo controlado, com um resultado confortável e acabar o mesmo jogo a ser goleada...

Acho que me vou afeiçoar ao badminton.

Não chores por mim, Nuno Gomes!

 

 

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publicado às 22:14

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Ninguém percebe o Leonardo. A Mona Lisa nao estava a sorrir, estava com gases. É o primeiro registo de arte escatológica.

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