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Então vamos lá imaginar a conversa. O Estado incumbe os "especialistas" da saúde de traçarem estratégias para reduzir os encargos com as doenças derivadas do tabaco! Os especialistas da saúde respondem "sim, padrinho" e lá se lançam na tarefa de obrigar os labregos a deixar de fumar. Porque o labrego não deixa de fumar por ser viciado e por não ter carcanhol para comprar os caríssimos adesivos de nicotina. Não deixa porque é... labrego.
Então como é que damos a volta à questão? Proibe-se o fumo à porta dos cafés. Assim como assim também se vão as constipações. À porta do café não pode ser, mas um bocadinho mais para leste, para os lados da faixa de rodagem já não há espiga. Sim, ali onde vai passar aquele camião TIR. Porque, convenhamos, para o Estado um óbito é mais barato que um enfisema...
Mas isso ainda não chega. Vamos proibir o tabaco dentro dos carros. Mas eu abro a janela, diz o labrego. Não, não pode ser. Porque o cigarrito é especialmente prejudicial para a criançada que vai aos berros no banco de trás e tem um potencial de distracção muito maior que a criançada que agora decidiu começar a fazer do banco trampolim. Portanto, vamos deixar de ver o nevoeiro localizado dentro do habitáculo mas começamos a receber pessoal nas urgências de queixos partidos porque um dos labregos decidiu levar um bastão para suprir a falta do maço de tabaco.
Como podemos comprovar, é só ideias geniais.
Mas o mais genial não é nada do exposto acima. É que qualquer dia o labrego, em vez de tentar deixar de fumar pela enésima vez com o apoio que já se conhece, vai começar a desejar que o estado proíba totalmente o tabaco ou, pior, o obrigue a pagar as despesas do seu enfisema provocado pelo tabaco.
Mas quanto a isso, eu esperava sentada. É que estes também são especialistas naquilo a que se conviu chamar encapotamento. Gostam de o fazer pela calada...
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