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Cavalos de Tróia

por A Mona Lisa tinha Gases, em 26.09.10

Há coisas fantásticas que derivam do facto de termos vírus no computador.

A primeira fase é de desespero, claro. Pensamos imediatamente que o bastard vai obrigar-nos a formatar a máquina e, com ela, metade da nossa vida.

A segunda fase é a da descoberta. Pegamos no amigo Google e vamos à descoberta do bicho. Passamos várias horas em fóruns onde, provavelmente, nunca mais vamos meter os pés virtuais. Ficamos um pouco em pânico quando percebemos que o gajo é dos rijos. Mas isso só nos aumenta a convicção. Sacamos versões de teste de todos os anti-vírus recomendados nos fóruns, de ferramentas cuja única função é dar cabos dos vírus, trojans e mutações maradas. Incluindo o Norton que, no caso da minha velhinha máquina de secretária, abrandou tanto o sistema operativo que levei quase dois dias para o desinstalar.

A terceira fase é a da vitória. Não cabemos em nós de orgulhosos. Eu, que não percebo nada de informática, consegui dar cabo do maléfico só com a ajuda do Google. Hurray for me, master de tudo o que é circuito integrado!

A quarta fase é a da desilusão. A combinação de antibióticos (anti-vírus e afins) não resultou durante muito tempo. Os bichos voltam. O anti-vírus descobre mais de 7000 e só consegue acabar com 200. A minha vida acabou. Começo a fazer planos de contingência para toda a tralha que tenho no computador. Avizinha-se uma formatação. Não posso continuar assim, sem acentos, sem possibilidade de gerir a conta do banco, sem segurança informática. Mas o que é que eu faço às minhas coisas? Atrevo-me a passá-las para um disco externo sabendo que podem estar maculadas? O tempo passa, passa.

Finalmente, a quinta e última fase, a do conformismo. Ainda não tomámos a decisão, andamos há semanas a perguntar-nos onde andará o nosso original do Windows. Decidimos passar o anti-vírus, o mesmo, uma última vez. Vamos para a cama com um peso nos ombros.

No entanto, no dia seguinte, escrevemos um e-mail rápido e, UOU, temos acentos. Verificamos tudo com o anti-vírus e, UOU, a máquina está limpa.

Conformamo-nos com o facto de que não temos capacidade de controlar quando eles vêm e voltam e entregamos tudo a um poder superior.

Obrigada, NOD!

Portanto, como vêem, ter vírus no computador leva a uma experiência que, em última análise, nos deixa mais humildes.

Ou diminuídos, ainda não percebi.

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publicado às 19:44


6 comentários

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De Miguel a 27.09.2010 às 11:15

Compra um Mac!
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De A Mona Lisa tinha Gases a 30.09.2010 às 21:00

Os Mac são imunes a vírus? ;)
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De Miguel a 30.09.2010 às 21:39

Bem, tecnicamente sim, especialmente por causa da programação. O Mac que estou a usar agora tenho-o há quatro anos, e garanto que está tão rápido como no dia em que o comprei, nunca crashou, nunca me deixou pendurado e nunca me deixou a olhar para um ecrã azul. Embora existam antivírus para Mac, eu nem sequer tenho um, só me iriam deixar o computador mais lento, e acredito que saibas do que estou a falar. Pergunta a qualquer pessoa que trabalhe numa Apple Store e eles irão confirmar o que digo. Tem uma interface muito mais agradável, simples e intuitiva, já vem incluído com tudo o que precisas num computador, incluindo programas de edição de músicas, de gestão de fotografias, e de vídeo (e comparar o iMovie ao Movie Maker faz-me rir). Tem placas gráficas e placas de som topo de gama, ecrã de alto brilho, bateria de 7 horas (e quando são 7, são mesmo 7) e é eco-friendly. Se estiveres interessada posso-te dar uma lista ainda mais detalhada :). Muita gente vai dizer que não vale a pena, porque vais gastar um balúrdio só para teres um produto trendy e que pagas pelo design. Claro que tudo isso está incluído no preço, mas também estão incluídos dos melhores componentes existentes no mercado. Vão-te também dizer que conseguem montar um PC com a mesma qualidade por metade do preço, mas não te esqueças que, por exemplo, nos iMacs, o computador está dentro do ecrã, que é um ecrã de 27 polegadas de alta qualidade. Experimenta juntar um ecrã desses ao teu tal PC por metade do preço e vês logo com quanto é que ficas. Pagas também para teres a garantia que não te deixa pendurada, que trabalha o dia todo e não se cansa, para teres dos melhores apoios técnicos que já vi (e gratuitos) e ainda workshops grátis (não que sejam necessários porque, como digo, é mesmo super intuitivo). Pensa no portátil que tens, no preço que gastaste nele, mais não sei quantos euros que gastas todos os anos a actualizar a versão do Norton, a comprar milhentos programas que já viriam incluídos no Mac, a  comprar a nova versão do Office pela módica quantia de um preço que tem três números e pelas centenas de euros que gastas quando lhe tens de trocar a bateria porque já só aguenta dez minutos até teres de carregar de novo. Vai ao site da Apple, www.apple.com/pt, e vê por ti mesma. Tenho dito!
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De A Mona Lisa tinha Gases a 01.10.2010 às 00:13

Bem, vejo que estou perante um fã a sério! :)
Eu ainda me encontro na idade da pedra informática, só tenho um PC de secretária com uns bons sete aninhos, que me rebenta com os coolers a um ritmo quase anual. Ainda não voltou a haver disponibilidade financeira para investir num computador. Mas quando houver vou-me lembrar deste teu comentário.
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De aqueladobairro a 27.09.2010 às 17:43

Os virus são uma treta! Bahh
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De Rui Ribeiro a 19.12.2010 às 16:41

Gosto muito de vez em quando ler o teu blog. De qualquer forma, e isto não é de todo um comentário pessoal, espanta-me o conformismo que as pessoas têm em relação a um produto com defeito de fabrico. Uso Mac há anos e nunca vi sequer um cheiro de virus ou troiano desde que mudei...


beijinhos e boas festas
Rui

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