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Ontem foi um dia absolutamente doido.
Passei a hora de almoço na faculdade a tentar pedir as provas do mestrado (160 euros, tau!).
Apanhei com a mulher mais estúpida dos serviços administrativos da faculdade, que me obrigou a andar a correr entre os três pisos, me tratou mal, com aquele tom que as pessoas utilizam quando acham que somos profundamente ignorantes e parvinhos, e no fim ainda me disse que eu tinha 200 euros de propinas em atraso, quando eu tinha a certeza que tinha tudo pago. Sinto-me profundamente roubada! Mas já encontrei os recibos e isto não fica assim.
No caminho de volta ao trabalho um doido de um velhote ia-me batendo duas vezes, a fazer exactamente o mesmo: faz pisca e atira-se para cima de mim, que estou na faixa ao lado e ainda reclama porque fez pisca, como se isso lhe desse direito a lixar-me o carrinho todo que o papá me emprestou! Dei bom uso à buzina e fartei-me de berrar, parecia uma doida. Como já tinha utilizado um tom de voz bastante mais firme e alto do que o normal na secretaria, hoje dói-me a garganta. E tenho dores musculares da maratona nos corredores da fac.
O caminho para a faculdade não foi melhor. O meu irmão é que estava a conduzir e aquele puto tem um problema qualquer com o acelerador. Fui o caminho todo a dizer "Cuidado com o peão!", "Está vermelho, está vermelho!", "Cuidado, o gajo não fez pisca!". Eu queria muito chegar à faculdade mas preferia não morrer a caminho, ou pior!, ser multada...
Tenho que aprender urgentemente a relaxar ou não prevejo um fim nada simpático para a minha pessoa. Não sei processar muito bem a estupidez e a incompetência dos outros... Levo aquilo mesmo muito a mal, como se fosse uma ofensa pessoal. A sério, a estupidez humana ofende-me pessoalmente, faz-me urticária no cérebro. Alguém tem que incutir ao pessoal da secretaria o conceito de atendimento ao público. É fácil, é só fazerem exactamente o contrário daquilo que costumam fazer. Eu já nem peço que nos tratem bem, basta que não gozem com a nossa cara. Não deve ser muito difícil.
Ah, descobri ainda que vou ter de pedir um carrinho de mão emprestado para levar os nove exemplares da tese até à secretaria. Prevejo mais um belo assalto à minha carteira.
Ainda no outro dia me perguntavam se eu não queria fazer o doutoramento a seguir. Pá, acho que era mais fácil atirar-me logo de um penhasco, aposto que doía menos. Acho que já chega de masoquismo...
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