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Está tudo muito indignado porque a Carolina Patrocínio só come uvas se a empregada lhe retirar as graínhas. Foi formado um movimento para livrar a empregada da rapariga da opressão... Fight the power!
Hum, já alguém perguntou à senhora se ela quer ser libertada? Ou se ganha um ordenado acima da média dos portugueses, em que um dos bónus se denominada "Percentagem de graínhas do mês"? Não é por nada, mas eu acho que preferia retirar graínhas de uvas do que acartar baldes de massa. Mas isso sou eu, devo ter algum problema.
Pessoalmente, eu não como fruta porque me aborrece descascá-la. E normalmente não tenho tempo. Ultimamente como de pé, a olhar para o relógio e a fazer contas de cabeça para perceber quantas vezes posso mastigar cada garfada.
Quando como fruta é alguém que me a descasca. À excepção das maçãs. Gosto de maçãs com casca.
Bem, a diferença entre mim e a Carolina Patrocínio, para além do bronze e muito possivelmente da espécie, é que eu não preciso de pagar a ninguém para me tratar da fruta. Quer dizer, pago ao Pingo Doce. A fruta vem em pacotinhos já fatiada e lavadinha, pronta a comer e custa o mesmo que um quilo "não tratado". Mas eu gosto de ser roubada.
Ou então cravo ao meu gajo, o que é bem menos dispendioso. Normalmente espero que ele comece a descascar as laranjas no fim da refeição ou qualquer outra fruta que necessite de faca, escolho a minha, ponho-a à frente dele e com o meu sorriso nº 2: "Nini, já que estás com a faca na mão..."
Funciona quase sempre!
E não tenho que lhe pagar. Hã! Quem é esperta, quem é?
É o problema destes meninos ricos: ter dinheiro elimina a necessidade de imaginação.
Agora se me dão licença vou tentar convencê-lo a não vir ao blogue durante uns tempos, que tem um vírus ou coisa do género.
É que se ele ler este texto em particular não me parece que a minha estratégia continue a funcionar.
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