A MONA LISA TINHA GASES

O Google atirou-me para aqui numa pesquisa sobre os erros entre "fizeste" e "fizestes".
Percebo bem a embirração com os erros ortográficos, que são o pão de cada dia por essa blogosfera fora, mas nem todos eles me eriçam apesar de alguns me espantarem. Confesso que não consigo ler um texto, ainda que interessante, se os erros forem excessivos, mas preocupa-me  muito mais encontrar excelentes raciocínios com erros ortográficos de palmatória. Nesses casos parece que a língua foi considerada uma ferramenta de somenos importância sendo dada relevância ao conteúdo e não à forma. Por outro lado, e a mim acontece-me com alguma frequência, há erros que passam todos os crivos. Quantas vezes escrevo um texto - não uso corrector porque é demasiado falível - edito, corrijo, leio, releio, volto a corrigir, e o erro fatal continua ostensivamente na minha frente só dando por ele quando muito tempo depois o percebo ou me chamam a atenção na caixa de comentários.


E agora dois pequenos truques para dois comentadores lá de cima - as dúvidas entre o à e o há podem ser rapidamente resolvidas se tentar traduzir a frase para inglês ou francês. Pode parecer rebuscado mas é rápido e eficaz. Quanto aos clíticos, que eu não sabia que se chamavam clíticos, ainda é mais fácil. Em caso de dúvidas basta pôr a frase na negativa. "passa-se" e "não se passa", "trazemos" e "não  trazemos" . Se for um tal de clítico na negativa passa sempre para antes do verbo.