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Faz-me uma confusão imensa ver como a língua portuguesa é tratada em muitos dos nossos blogs.
E não, não me refiro àqueles que usam o dialecto hormonal da adolescência, onde há X por todo o lado. Isso não é língua portuguesa e, como tal, é desconsiderado para este efeito.
Refiro-me àqueles que não sabem usar os clíticos, aos que dão erros ortográficos a torto e a direito, aos que confundem, por regra, o há com o à.
Para mim, ler um desses textos, é pior que escutar o som de unhas em quadro de ardósia.
É quase uma ofensa pessoal!
(E sim, este burst é justificado por eu ter acabado de dar de caras com um desses blogs...)
Hoje os meus pais regressaram do Brasil, depois de duas semanas de férias.
Estiveram a contar histórias de tiros e de favelas mas também de belezas indescritíveis. É assim, aquele país, um poço de contrastes...
Descobri que tenho duas primas lá. Quer dizer, descobri não, eu já sabia mais ou menos mas desta vez falei com uma delas pelo Messenger.
Estávamos a falar sobre a faculdade e veio à baila a questão das mui temidas propinas. E eu lembrei-me de perguntar se também pagavam propinas na escola pública, lá.
Ela não estava a entender e disse-me que devia ter um significado diferente do de lá.
E então, sabem o que são propinas no Brasil? Dinheiro ilegal, subornos!
O que não deixa de ser tremendamente irónico, se tivermos em conta o desconforto que as ditas provocam no pobre do estudante português.
Agora, já imaginaram eu a perguntar muito indignada: "Então mas aí não pagam propinas na faculdade?"
O português é uma língua lixada, então quando atravessamos o Atlântico!
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