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Já chegaram os "arrastões" ao Dolce Vita Tejo.
Vários testemunhos dão conta de assaltos, efectuados por grupos de 20 a 50 jovens oriundos dos bairros problemáticos que rodeiam o maior centro comercial do país, que aliviam dos seus valores clientes e lojas.
Parece que a esquadra do Dolce Vita tem estado a trabalhar apenas com 2 polícias e as condições de trabalho estão longe das melhores.
O Dolce Vita Tejo não veio destronar o Colombo apenas em questões de grandeza. Quem não se lembra dos problemas de insegurança do Colombo, hoje ultrapassados devido à construção de uma super esquadra nas instalações?
Leiam tudo aqui e digam de vossa justiça.
Até que ponto esta é uma situação que vos preocupa?
Como é que vêem a criminalidade organizada destes grupos dos bairros menos favorecidos dos arredores das grandes cidades?
Estou revoltadíssima! Neste momento, não tenho a menor vontade de rir!
Vinha toda contente da escola! Amanhã vou-me baldar às aulas porque o meu gajo faz anos e como tal, já estou de fim de semana! O que me custou! Por isso, vinha muito contente! Sentei-me no sofá a ler o jornal e aparece-me aquela afronta à frente!
Na terça-feira, numa escola da Amadora, um monte de miúdos juntou-se para ver uma cat fight entre duas raparigas que disputavam o mesmo rapaz. Dois agentes da PSP, num carro patrulha, aproximaram-se para resolver a questão. Assim que saiu do carro, um dos agentes foi violentamente atingido por uma gigantesca pedra de calçada. Resultado: sete dentes partidos e fractura do maxilar. O pobre homem está agora desfigurado. E quem é que terá sido o responsável por tão vil acção? Pois, o responsável é um rapaz que trazia à cintura uma arma de fogo e costuma vender droga aos coleguinhas de escola, uma vez que terá à volta de 17 anos! E depois, o que é que ele fez? Fugiu e escondeu-se na Cova da Moura, claro, o que mais?
É que o enredo é sempre igual. Normalmente o que varia são as vítimas mas o resto já é demasiado familiar. X fez isto a Y e escondeu-se na Cova da Moura ou no 1º de Maio ou na Santa Filomena! E pronto. Aquilo para eles funciona mais ou menos como um santuário. Enfiam-se lá por aquelas ruelas e parece que se fundem nas paredes! Na volta é como o País das Maravilhas, com alçapões e túneis e passagens secretas e mesas de chá. E relógios de bolso, não esqueçamos os relógios de bolso!
A verdade é que nos últimos anos a figura do polícia perde cada vez mais autoridade. Se virmos os números, a situação é alarmante. Só no ano passado 1185 polícias sofreram ferimentos durante o cumprimento de funções, entre PSPs e GNRs , a uma média de três por dia.
Mas ninguém deve considerar a agressão a um agente da autoridade muito grave: apesar de ser considerada crime público, é punida com 5 anos de pena de prisão.
Olhem, no meio disto tudo, penso que já deixei clara a minha posição e a razão da minha indignação. Só digo mais uma coisa: se eu apanhasse o puto que fez isto, sozinho numa ruela escura, longe dos grandes grupos que normalmente validam e dão força a estas crianças malformadas , dava-lhe uma traulitada e o rufia havia de acordar pendurado num poste de electricidade PELO ESCROTO!!!!
Andam a passar-se coisas muito estranhas aqui no pedacinho mais a sul da Europa. Desde assaltos recorrentes à mão armada até tiroteios em bombas de gasolina, tem-se passado de tudo! Uma das técnicas mais em voga agora é o carjacking. (Porque é que temos de copiar os americanos sempre nas piores coisas?) A situação anda a atingir tamanhas proporções que já se consegue cheirar o medo nas pessoas. Lojas de rua que fecham mais cedo, locais onde podíamos ir a qualquer hora, que agora são evitados durante a noite.
Lembro-me de andar no 5º ano e ir para a escola a pé e voltar de noite a nada me acontecer. E a possibilidade de algo correr mal nem passar pela cabeça das pessoas. Pronto havia aquele senhor que percorria as ruas da zona com a pilinha de fora, mas esse foi internado na casa rosa pouco tempo depois...
A questão é que já não somos um país de costumes tão brandos quanto isso.
Até agora a situação estava a passar-me, relativamente, ao lado. Mas já se sabe, quando chega ao nosso quintal...
Na semana passada, a minha vizinha do lado estava parada dentro do carro, não muito longe daqui, à espera do filho, que ía chegar de camioneta. Tinha escurecido pouco antes. Quando se apercebeu, tinha uma arma apontada ao vidro do Leon(ainda por cima eles gostam pouco desses carros...) e foi forçada a abandoná-lo. O carro apareceu alguns dias depois, todo arranhado e amolgado. (Nem sei o que é pior: levarem-no ou partirem-no todo! Se fosse com o C2, tinha morrido!)
Agora, quando este tipo de coisas começam a acontecer aqui na pasmaceira, é porque a situação está a escalar! É caso para nos fecharmos em casa, a sete chaves? Acho que ainda não. Mas atingir os níveis de criminalidade das restantes capitais europeias e não ter, como contrapartida, o nível de vida deles, também não é muito justo.
Grandes casos corrupção à parte, anda o pobre a roubar o pobre.
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